Após subir a R$ 5,56 pela manhã, o dólar perdeu força no Brasil e encerrou a sessão praticamente estável ante o real, em sintonia com a melhora mais ampla dos ativos brasileiros após o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçar em entrevista à imprensa que a decisão sobre a Selic em janeiro ainda não está tomada.

Já o Ibovespa fechou em alta, após duas quedas seguidas, em movimento endossado por Wall Street e com as ações da petrolífera Brava Energia e da fabricante de papel e celulose Suzano entre os destaques positivos.

O dólar à vista fechou o dia em leve alta de 0,04%, aos R$ 5,5244. No ano, a moeda acumula baixa de 10,59%. O Ibovespa subiu 0,38%, em 157.931,03, tendo marcado 158.495,49 na máxima e 157.123,58 na mínima do dia. O volume financeiro somava R$ 24,3 bilhões antes dos ajustes finais.

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A esperança de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ainda seja o principal nome da direita na eleição presidencial também tirou força da moeda norte-americana, em meio ao noticiário político do dia.

“A sessão foi marcada por volatilidade nos ativos domésticos, com dólar e juros futuros avançando ao longo do dia em continuidade ao movimento recente de cautela e reprecificação de risco local. No entanto, o sentimento do mercado mudou no início da tarde após a divulgação de noticiário político, que trouxe algum alívio às expectativas eleitorais. A leitura de que a pré-candidatura presidencial ainda está em aberto favoreceu uma melhora marginal do humor, permitindo recuperação do Ibovespa em direção às máximas do dia, enquanto câmbio e curva de juros passaram a devolver ganhos”, explicou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

Às 17h05, o contrato de dólar futuro para janeiro — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,01% na B3, aos R$ 5,5330.