26/11/2025 - 17:51
O dólar emplacou o terceiro dia consecutivo de queda ante o real nesta quarta-feira, 26, em uma sessão no geral positiva para os ativos brasileiros e de baixa para a moeda norte-americana ante a maior parte das divisas no exterior. Já o Ibovespa avançou e fechou acima dos 158 mil pontos pela primeira vez na história.
A expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro seguiu favorecendo moedas de países emergentes, como o real.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,79%, aos R$ 5,3336 na venda. No ano, a divisa acumula perdas de 13,68%.
Às 17h02, o contrato de dólar futuro para dezembro — atualmente o mais negociado no Brasil — cedia 0,91% na B3, aos R$ 5,3360.
O dólar demonstrou maior acomodação no início da quarta-feira, mantendo-se próximo da estabilidade após a divulgação do IPCA-15 de novembro. O indicador, considerado uma prévia da inflação oficial, subiu 0,20% em novembro, ante 0,18% em outubro. Economistas ouvidos em pesquisa da Reuters projetavam taxa de 0,18% em novembro.
Durante a tarde, porém, o dólar passou a registrar perdas mais intensas ante o real, em paralelo à forte alta do Ibovespa, para acima dos 158 mil pontos, e em sintonia com o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior.
A continuidade das apostas de que o Federal Reserve cortará juros em dezembro serviu como pano de fundo para o movimento. O mercado de títulos norte-americano precificava no fim da tarde cerca de 85% de probabilidade de corte de 25 pontos-base da taxa de juros, contra perto de 15% de chance de manutenção na faixa de 3,75% a 4,00%, conforme a Ferramenta CME FedWatch. Na semana passada, a probabilidade de corte era inferior a 50%.
Assim, após registrar no Brasil a maior cotação da sessão, de R$ 5,3917 (+0,29%), às 9h41, o dólar à vista cedeu à mínima de R$ 5,3321 (-0,82%) às 16h57, pouco antes do fechamento.
No exterior, o dólar seguia em baixa ante a maior parte das divisas no fim da tarde. Às 17h19, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,28%, a 99,572.
Ibovespa
O Ibovespa subiu 1,70% em meio a crescentes expectativas de mais um corte de juros nos Estados Unidos em 2025, o que tende a favorecer o fluxo de capital externo para as ações brasileiras.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,70%, a 158.554,94 pontos, nova máxima de fechamento, de acordo com dados preliminares. No melhor momento, chegou a 158.713,52 pontos, recorde intradia, superando o topo de 11 de novembro. Na mínima, marcou 155.914,29 pontos.
O volume financeiro somava R$23,12 bilhões antes dos ajustes finais.
