29/12/2025 - 17:25
O dólar encerrou a segunda-feira, 29, em alta ante o real, seguindo o movimento observado entre divisas pares no exterior, em meio a baixa liquidez e ajustes técnicos característicos do fim do ano. Já o Ibovespa cedeu 0,25%, a 160.490,30 pontos.
Brasilidade na moda: artistas, gringos e soft power dão novo status ao verde e amarelo
+Bolsonaro deve passar por novo procedimento médico para conter crise de soluços
A moeda norte-americana à vista fechou o dia em alta de 0,58%, aos R$ 5,5770.
Às 17h43, o contrato de dólar futuro para janeiro – atualmente o mais líquido no Brasil – subia 0,44% na B3, aos R$ 5,5715.
O Ibovespa atingiu 161.133,33 pontos na máxima e 159.701,72 pontos na mínima do dia.
Em 2025, o índice acumula uma alta de 33,1%, melhor desempenho percentual anual desde 2016, quando subiu 38,9%.
O volume financeiro nesta segunda-feira, 29, penúltima sessão do ano, somava R$ 13 bilhões antes dos ajustes finais, contra uma média diária de R$ 24,4 bilhões em 2025.
Menor volume de negócios
Assim como na semana anterior, marcada pelo feriado de Natal, o início da última semana do ano foi marcado por menor volume de negócios nos mercados.
“A nossa moeda está negociando bem em linha com os pares, depreciando no dia. O driver parece ser mesmo ajuste técnico de posição”, disse Lais Costa, analista de renda fixa da Empiricus.
No fim do ano há maior demanda pela moeda norte-americana já que é o momento em que empresas tradicionalmente enviam recursos ao exterior para pagamento de dividendos.
Enquanto isso, na agenda local, o Tesouro Nacional informou que o governo central registrou um déficit primário de R$20,172 bilhões em novembro. Economistas projetavam um rombo menor, de R$13,5 bilhões, segundo pesquisa da Reuters.
Em coletiva de imprensa após a divulgação do relatório, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, disse que o resultado primário deste ano deve ficar “mais próximo do centro da meta do que do piso”.
Além do resultado fiscal, a pesquisa Focus mostrou que os economistas reduziram marginalmente a estimativa para o IPCA em 2025 a 4,32%, de 4,33% estimados há uma semana, no que foi o sétimo corte consecutivo da projeção. Para 2026, a expectativa teve a sexta queda consecutiva, para uma mediana de 4,05%, de 4,06% na semana anterior.
Também nesta segunda, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou pela manhã que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) teve variação negativa de 0,01% em dezembro, encerrando o ano com queda acumulada de 1,05%.
No exterior, às 17h43, o índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,02%, a 98,052. Os agentes aguardam a publicação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, que será divulgada terça-feira.
