12/11/2025 - 17:22
O Ibovespa voltou a flertar nesta quarta-feira, 12, com os 158 mil pontos, mas fechou em leve queda, encerrando uma sequência de 15 altas. Já o dólar fechou em alta após cinco quedas consecutivas.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,07%, a 157.632,90 pontos, após registrar 158.133,83 na máxima e 156.559,71 na mínima do dia. O volume financeiro somou R$29 bilhões, em sessão também marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.
Com tal desfecho, o Ibovespa encerrou a maior sequência de altas em mais de 30 anos. No período, valorizou-se 9,48%, ampliando o ganho no ano para 31,15%.
Entre os destaques do dia, PETROBRAS PN caiu 2,56% na esteira do declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril sob o contrato Brent recuou 3,76%. PETROBRAS ON cedeu 2,99%. ITAÚ UNIBANCO PN recuou 2,28%, também pesando no Ibovespa, em dia fraco no setor.
No exterior, Wall Street terminou sem um sinal único, com agentes financeiros analisando as chances de término da paralisação do governo norte-americano, sem tirar do radar o noticiário corporativo, principalmente do setor de tecnologia. O S&P 500 encerrou quase estável.
Dólar segue abaixo de R$ 5,30
O dólar à vista fechou em alta de 0,35%, a R$ 5,2932 na venda — após ter atingido na véspera a menor cotação desde 6 de junho de 2024. No ano, a divisa acumula queda de 14,34%. Veja cotações.
O dólar oscilou em margens estreitas durante toda a sessão, ora reagindo à expectativa de reabertura do governo nos Estados Unidos, ora tentando acompanhar o movimento no exterior ante divisas de emergentes, como o peso mexicano e o peso chileno.
No Brasil, comentários do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, foram monitorados. Galípolo adotou um tom cauteloso ao tratar da política monetária, afirmando que a instituição não deu qualquer sinal sobre o que fará no futuro, seguindo dependente de dados para tomar suas decisões.
“Todo mundo pode fazer a aposta que quiser, mas a gente vai continuar dizendo e fazendo as nossas reações de maneira bem clara, de que não há qualquer tipo de tergiversação sobre o que é o nosso mandato, que é perseguir a meta”, disse, durante entrevista coletiva pela manhã.
“Se por acaso você entendeu que alguma questão da nossa comunicação foi um sinal sobre que o Banco Central pode vir a fazer no futuro, você entendeu errado”, reforçou.
À tarde, em evento da Bradesco Asset Management, Galípolo disse que a progressão dos dados de inflação em direção à meta de 3% tem sido lenta e gradual, algo “bastante incômodo” para a autoridade monetária.
Apesar do tom cauteloso, os comentários de Galípolo não foram suficientes para justificar movimentos mais intensos no câmbio, assim como no mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros).
