30/06/2025 - 17:29
O dólar emplacou nesta segunda-feira, 30, a terceira sessão consecutiva de queda no Brasil e encerrou o dia no menor valor desde setembro do ano passado, puxado pela disputa entre investidores pela formação da Ptax de fim de mês e trimestre e pelo recuo da moeda norte-americana no exterior.
+ Mercado reduz projeção para inflação e dólar em 2025, mostra Focus
O dólar à vista fechou em baixa de 0,88%, aos R$ 5,4350, no menor valor de fechamento desde 19 de setembro do ano passado, quando encerrou em R$ 5,4213. No mês, a divisa acumulou baixa de 4,99% e, no trimestre, recuo de 4,76%. Veja cotações.
O mercado de câmbio brasileiro foi influenciado desde o início do dia pela disputa pela formação da Ptax de fim de mês e trimestre.
Calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros tentam direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa).
A disputa é especialmente intensa nos finais de trimestre — como visto nesta segunda-feira — porque a taxa também serve de referência para conversão de valores em moeda estrangeira nos balanços e demonstrações financeiras de muitas empresas no Brasil.
Já o Ibovespa avançou nesta segunda-feira e assegurou o quarto mês seguido com sinal positivo, em pregão marcado pela queda nos rendimentos dos Treasuries e nas taxas dos DI, bem como forte ganho de Azzas 2154, após mudanças no conselho e sinal de alinhamento entre os acionistas de referência da empresa.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 1,45%, a 138.854,60 pontos, alcançando 139.102,75 pontos na máxima e 136.429,87 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somava R$ 17,2 bilhões antes dos ajustes finais.
Em junho, o Ibovespa acumulou um ganho de 1,39%, conforme os dados pré-ajustes, em boa parte apoiado pelo fluxo de capital externo para a bolsa paulista. No primeiro semestre do ano, a alta alcança 15,5%.