Após se reaproximar dos R$5,60 em meio às preocupações com os efeitos da guerra tarifária dos EUA sobre a economia brasileira, o dólar perdeu força e encerrou a sexta-feira praticamente estável no Brasil, ainda que o saldo da semana tenha sido de alta firme ante o real.

O dólar à vista fechou a sexta-feira com leve alta de 0,12%, aos R$ 5,5481. Na semana, a divisa acumulou elevação de 2,28% ante o real, com as cotações incorporando prêmios de risco após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado na quarta-feira uma tarifa de 50% sobre os produtos comprados do Brasil.

“O dólar segue em alta influenciado por tensões comerciais globais e incertezas fiscais internas. A ameaça dos Estados Unidos de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros ampliou a aversão ao risco e pressionou moedas emergentes”, apontou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

Às 17h04, na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido — subia 0,13%, aos R$5735.

Ibovespa cai com Localiza

Já o Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, ampliando a correção negativa no mês, com Localiza entre as maiores quedas, enquanto MRV&Co descolou do viés de baixa na bolsa paulista após estimativas relacionadas à Resia.

Investidores continuaram avaliando os potenciais efeitos nas empresas e na economia da nova tarifa anunciada pelos Estados Unidos para produtos brasileiros, bem como os reflexos das últimas ações do presidente Donald Trump na esfera comercial.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,45%, a 136.126,80 pontos, de acordo com dados preliminares, alcançando 135.528,07 pontos na mínima e 136.741,87 pontos na máxima do dia.

Na semana, em que fechou todos os pregões em queda, contabilizou uma perda de 3,64%, passando a acumular um declínio de 1,96% em julho, após quatro meses seguidos de alta, quando somou um ganho de 13%.

No começo do mês, também havia renovado máximas acima de 141 mil pontos.

O volume financeiro no pregão desta sexta-feira somava R$17,2 bilhões antes dos ajustes finais.

Com informações da Reuters