O dólar está volátil no mercado local na manhã desta quinta-feira, 28. Após registrar sinais mistos nos primeiros negócios, em meio aos ajustes ao fechamento anterior – de R$ 3,8737 e R$ 3,8610, respectivamente -, a moeda americana passou a cair há pouco. Acompanha o enfraquecimento da moeda americana ante seus pares principais lá fora, reagindo ao PIB dos EUA do primeiro trimestre, que subiu 2,0%, abaixo da previsão dos analistas, de alta de 2,2%, disse Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae.

Para Spyer, há cautela ainda em meio ao RTI, a alta do IGP-M e expectativas pela entrevista do presidente do BC, Ilan Goldfajn (11h). O IGP-M acelerou de +1,38% em maio para +1,87% em junho – acima da mediana do Projeções Broadcast de 1,77% e em nível recorde mensal desde outubro de 2015 (1,89%).

No RTI, o BC informa que espera arrefecimento dos efeitos da greve de caminhoneiros, mas a gasolina, por exemplo, segue acima de R$ 4,00 o litro, não dando alívio. Além disso, diz Spyer, estão ocorrendo as rolagens de contratos cambiais e swap, que adicionam vaivém, e o mercado mostra que precisa de liquidez por meio de leilão de linha ou de swap, segundo Pablo Spyer. O BC ainda não anunciou leilão extraordinário para hoje.

Jefferson Rugik, diretor da Correparti, diz que a subida do dólar futuro mais cedo apoiou-se em um movimento de busca de proteção antes da divulgação da pesquisa Ibope/CNI (10h). Às 9h43 desta quinta, o dólar à vista caía 0,64%, a R$ 3,8498 e o dólar futuro de julho, -0,31%, aos R$ 3,8485.