Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar abandonou a alta de mais cedo e operava em queda no começo da tarde desta terça-feira, em dia de fraqueza da moeda norte-americana no exterior por leituras de que mais inflação nos Estados Unidos deve corroer o valor do ativo.

Os olhos do mercado estão voltados para a leitura do índice de preços ao consumidor norte-americano referente a abril, que será divulgado na quarta-feira. Na avaliação de analistas, um número moderadamente mais alto não deve mexer com os planos do banco central dos Estados Unidos (Fed) de manter os juros perto de zero e seguir comprando títulos, o que tende a manter o dólar sob pressão.

Aqui, operadores seguem atentos ao noticiário sobre reformas, que por ora tem endossado visões de que o dólar ainda tem espaço adicional para quedas, embora mais limitado depois do tombo recente da cotação.

Às 13:15, o dólar recuava 0,26%, a 5,2193 reais na venda. A moeda oscilou entre 5,2823 reais (+0,94%) e 5,2041 reais (-0,55%). Lá fora, um índice do dólar recuava 0,2%, para mínimas em dez semanas.

Os ganhos da divisa pela manhã no Brasil se deram já com a ata da última reunião de política monetária do Banco Central divulgada. Para alguns players, o documento não chegou a corroborar expectativas de um tom ainda mais austero da autoridade monetária em relação à inflação e, por tabela, à política monetária.

Um IPCA menos pressionado de alguma forma ratificou a retórica do BC na ata.

O dólar teve na semana passada a maior desvalorização desde dezembro e apenas na quinta perdeu 1,6%, um dia depois de o BC abrir a possibilidade de um ciclo mais robusto de aperto monetário.

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