30/04/2020 - 17:21
Depois de ter sido beneficiado durante semanas pela busca por segurança gerada pela pandemia de coronavírus, o índice DXY, que mede a variação do dólar em relação a outras seis moedas fortes, fechou em baixa pela quarta sessão consecutiva e encerrou o mês praticamente estável.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 107,33 ienes, enquanto o euro avançava a US$ 1,0957 e a libra subia a US$ 1,2594. O índice DXY, por sua vez, registrou queda de 0,55%, a 99,016 pontos, com perda mensal de 0,03%, quase estável.
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Apesar da cautela que prevaleceu nesta quinta-feira nos mercados internacionais, em reação a retrações históricas da atividade econômica em países europeus, os investidores não buscaram tanto a segurança do dólar. A moeda americana já vinha em baixa nos últimos dias, com o mercado otimista diante da reabertura econômica de alguns países, após semanas de quarentena para conter o avanço da covid-19.
“Vimos uma enorme volatilidade do dólar no final da sessão”, afirma o analista de mercado Joshua Mahony, da plataforma de investimento IG. Para ele, dada a enorme quantidade de dinheiro que tem fluído para os mercados americanos, “a volatilidade de hoje provavelmente reflete o reequilíbrio que alguns fundos têm que realizar antes do final do mês”.
Além disso, o dólar foi pressionado pelo anúncio do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que expandirá no escopo e na elegibilidade se um de seus programas de empréstimos a empresas.
O euro, por sua vez, registrou alta hoje, mesmo após o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro ter contraído 3,8% no primeiro trimestre, em relação aos três meses anteriores. Pela manhã, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter os juros e o volume de compras de ativos. Para o banco holandês ING, as medidas do BCE “conteram com êxito” qualquer aumento no prêmio de risco da moeda única.
Ante divisas emergentes e ligadas a commodities, a moeda americana subia a 24,1337 pesos mexicanos, a 74,276 rublos russos, a 18,5575 rands sul-africanos e a 66,8018 pesos argentinos, no final da tarde em Nova York. (Com informações da Dow Jones Newswires)