O dólar opera em baixa no mercado à vista na manhã desta quinta-feira, 15, acompanhando a tendência externa da moeda americana em meio à queda na curva de Treasuries e ganhos nas bolsas internacionais antes da publicação de dados de janeiro dos EUA: produção industrial (11h15), além das vendas no varejo, pedidos semanais de auxílio-desemprego e índice de atividade Empire State (10h30). São esperados também discursos do diretor do Fed Christopher J. Waller (15h) e do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic (21h).

Os investidores locais avaliam o Boletim Focus, divulgado mais cedo pelo Banco Central. No documento, a previsão do mercado para o IPCA 2024 passou de 3,81% para 3,82% e, para 2025, de 3,50% para 3,51%, enquanto a projeção de Selic segue em 9,00% para 2024 e em 8,50% para 2025, 2026 e 2027. O cenário esperado para o câmbio brasileiro ficou estável, com previsão de R$ 4,92 para o fim deste ano, ante R$ 4,95 de um mês antes. Para 2025, a mediana seguiu em R$ 5,00, mesmo nível de quatro semanas atrás.

Entre as commodities, o petróleo caía cerca de 0,60% por volta das 9h30, enquanto o minério de ferro operava em leve alta de 0,24% em Cingapura, a US$ 129,40 por tonelada em meio ao feriado do ano novo lunar na China, que mantém os mercados fechados no país.

No exterior, o Banco Central Europeu (BCE) deve evitar cortar as taxas de juros muito cedo e arriscar prolongar a inflação alta, o que forçaria o banco central a apertar a política monetária novamente, disse a presidente do BCE, Christine Lagarde, à Reuters nesta quinta-feira.

Já o economista-chefe do BCE, Philip Lane, disse que o impacto do aperto monetário ainda está sendo transmitido para a economia.

A zona do euro apresentou superávit comercial de 13 bilhões de euros em dezembro de 2023, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quinta pela Eurostat, como é conhecida a agência de estatísticas da União Europeia. Em novembro, o bloco havia registrado saldo positivo maior, de 15,1 bilhões de euros, de acordo com número revisado.

Às 9h39, o dólar à vista caía 0,19%, aos R$ 4,9628. O dólar futuro para março cedia 0,11%, aos R$ 4,970. O juro da T-Note 2 anos cedia a 4,552% (ante 4,594% no fim da tarde de quarta-feira em Nova York) e o da T-Note 10 anos recuava a 4,219%, ante 4,264%. O índice DXY do dólar ante seis moedas principais caía 0,17%, a 104,54 pontos.