O dólar opera em baixa no exterior e ante o real em meio a expectativas pelo resultado do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos do mês passado (9h30), para ajustar as apostas para a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

+ Taxas futuras de juros rondam ajustes, com viés de baixa após serviços e com dólar

Os dados de serviços no Brasil vieramhttps://istoedinheiro.com.br/dolar-recua-com-…s-de-cpi-dos-eua/ abaixo das medianas esperadas pelo mercado. Os serviços tiveram alta de 0,2% em junho ante maio, abaixo da mediana das previsões colhidas pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 0,4%. Na comparação com junho de 2022, houve avanço de 4,1% em junho, já descontado o efeito da inflação. Neste caso, a mediana positiva esperada era de 4,2%.

Nesta véspera do IPCA de julho, os investidores aguardam também a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em sessão no Senado (10h). O Tesouro faz também leilões de venda de títulos prefixados NTN-F e LTN (11h).

Campos Neto teve voto decisivo no Copom para fixar um corte de 50 pontos-base da Selic, a 13,25% ao ano, na semana passada, surpreendendo boa parte dos analistas do mercado que apostava em redução de 0,25 pp.

No câmbio, lá fora, os rendimentos dos Treasuries e o índice DXY do dólar recuam e a moeda americana cai também frente a alguns pares do real ligados a commodities, como peso mexicano, peso chileno, peso colombiano, rand sul africano e dólar australiano, em meio a expectativas de novos estímulos na China e pelo CPI americano. Tanto o dado cheio como o núcleo do CPI devem guiar as expectativas para a reunião do Federal Reserve, em setembro.

Para o índice cheio e o núcleo, as previsões dos analistas são de alta de 0,2% em julho ante junho (mediana). Já na comparação anual, as altas devem ser de 3,2%, de 3,0% em junho. O núcleo, por sua vez, deve ter crescido 4,8%, repetindo o resultado do mês anterior, de acordo com o Projeções Broadcast.

Às 9h21 desta quinta-feira, 10, o dólar à vista recuava 0,55%, a R$ 4,8788. O dólar para setembro caía 0,46%, a R$ 4,8985.