O dólar à vista recua na manhã desta sexta-feira, 12, acompanhando a desvalorização externa da moeda americana frente a pares principais (DXY) e divisas emergentes e ligadas a commodities. O dólar segue pressionado após o fraco CPI de junho nos EUA trazer na quinta, 11, expectativas de alívio maior nos juros pelo Federal Reserve neste ano. A alta do petróleo e de 0,3% do minério de ferro na China contribuem, apesar da queda das importações na China em junho.

Investidores locais olham ainda os dados fortes de serviços no Brasil e ligeiro ganho dos rendimentos dos Treasuries, antes da divulgação da inflação ao produtor dos EUA (9h30). O mercado local aguarda ainda entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (9h30).

O volume de serviços prestados ficou estável em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, mais positivo do que a mediana do mercado captada pelo Projeções Broadcast, de redução de 0,7%. O intervalo das previsões ia de queda de 1,3% a alta de 0,3%.

Na comparação com maio do ano anterior, houve elevação de 0,8% em maio de 2024, já descontado o efeito da inflação, maior que a mediana positiva de 0,1% do mercado (intervalo -1,0% a alta de 3,6%). A taxa acumulada no ano teve elevação de 2,0% e, em 12 meses, acumulam alta de 1,3%. A receita bruta nominal do setor de serviços caiu 0,3% em maio ante abril. Na comparação com maio de 2023, houve avanço de 5,0% na receita nominal.

O IBGE informou também que a produção industrial brasileira recuou em 9 dos 15 locais pesquisados em maio ante abril.

O Itaú Unibanco manteve nesta sexta-feira sua projeção para o juro básico brasileiro no nível atual de 10,50% até o término do ano que vem. A expectativa leva em consideração alguma acomodação do câmbio após decisões e sinalizações fiscais convincentes, explica relatório assinado pelo economista-chefe Mario Mesquita.

“Continuamos projetando taxa Selic estável em 10,50% a.a. até o final de 2025, mas com mais risco, especialmente em função da dinâmica recente do câmbio, que pode impactar a inflação à frente”, pondera.

Nos EUA, o Citigroup reportou lucro líquido de US$ 3,2 bilhões no segundo trimestre de 2024, 10% maior do que o ganho de US$ 2,9 bilhões apurado em igual período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira. O lucro por ação do banco americano entre abril e junho somou US$ 1,52, superando de longe o consenso de analistas consultados pela FactSet, de US$ 1,39. Reagindo ao balanço, a ação do Citigroup subia 2,3% nos negócios do pré-mercado em Nova York às 9h10.

Às 9h23 desta sexta, o dólar à vista caía 0,34%, a R$ 5,4240. O dólar para agosto recuava 0,28%, a R$ 5,4350.