O dólar abriu esta segunda-feira, 16, em queda, após subir na sexta-feira, 13, mas já reduz as perdas intradiária em meio a uma leve subida dos preços dos petróleo mais cedo. O avanço dos rendimentos dos Treasuries também é observado e se mantém após uma queda do índice Empire State de atividade industrial, elaborado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Nova York, de 1,9 em setembro a -4,6 em outubro, pior que a projeção dos analistas (-3,0).

+ Focus: previsão para câmbio em 2023 segue em R$ 5,00 por dólar; 2024 sobe a R$ 5,05

A desvalorização do dólar ante o real acompanha o sinal externo do índice DXY e também da moeda americana frente vários pares emergentes do real ligados a commodities, como peso chileno, peso mexicano, rublo russo e rand sul africano, com uma realização após ganhos na sexta-feira. Persiste também uma cautela global no pano de fundo por receios de ampliação na região do conflito entre Israel e o grupo Hamas.

Israel ameaça entrar na Faixa de Gaza e o Irã alertou no domingo, 15, que, se isso acontecer, a guerra pode se expandir para outras partes do Oriente Médio se a milícia libanesa Hezbollah se juntar à batalha, e isso faria Israel sofrer “um enorme terremoto”.

Na China, o PBoC, o BC chinês, deixou seu juro de médio prazo inalterado em 2,5%, sinalizando que suas principais taxas de referência ficarão igualmente intocadas nos próximos dias.

Boletim Focus divulgado mais cedo apontou estabilidade das projeções para IPCA de 2024, o foco do BC, em 3,88%, manutenção nas previsões para Selic de 2023 a 2026, e também para alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 e 2024. A projeção para a taxa de câmbio segue em R$ 5,00 para este ano e subiu de R$ 5,02 para R$ 5,05 para 2024.

O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) registrou alta de 0,33% na segunda quadrissemana de outubro, após subir 0,34% na primeira leitura do mês. Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,79% nos últimos 12 meses, ante 3,81% na primeira quadrissemana.

A agenda semanal traz uma série de indicadores, como o PIB da China, produção e vendas no varejo da economia chinesa e também dos EUA, além do Livro Bege. Aqui, o Congresso vota entre amanhã e quarta-feira o projeto de lei sobre a taxação de fundos de alta renda (exclusivos e offshore). E serão conhecidos nos próximos dias os números de volume de serviços e vendas no varejo de agosto.

A taxação dos fundos faz parte do pacote do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação e, dessa forma, atingir a meta de zerar o déficit das contas públicas no ano que vem. O tema já tem consenso, mas o relatório final deve passar ainda por alguns ajustes técnicos, que não alteram a essência do projeto.

Às 9h44 desta segunda-feira, o dólar à vista caía 0,38%, a R$ 5,0690, após máxima a R$ 5,07 (-0,36%) e ante mínima intradia a R$ 5,0520 (-0,72%) mais cedo. O dólar para novembro recuava 0,33%, a R$ 5,08.