Após superar mais cedo a cotação de R$ 5,30, o dólar devolvia parte de ganhos recentes ante o real nesta quinta-feira, 6, em meio a uma desaceleração dos avanços da moeda norte-americana em mercados emergentes e após o Banco Central Europeu cortar sua taxa de juros pela primeira vez desde 2019.

Às 14h37, o dólar à vista caía 1,02%, a R$ 5,243 na venda, após chega a R$ 5,302 na abertura. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,01%, a R$ 5,312 na venda.  Veja cotações.

Na véspera, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,2970 na venda, em alta de 0,22%, atingindo seu maior valor de fechamento desde 5 de janeiro de 2023.

Os ganhos do dólar ao longo da semana também foram vistos em outros mercados emergentes, fomentados por resultados eleitorais em México e África do Sul que têm deixado investidores incertos sobre o futuro das economias desses países.

Nesta manhã, o foco dos mercados globais estava voltado ao anúncio da decisão de política monetária do BCE, que reduziu os custos dos empréstimos, até então em níveis recordes. O Banco Central Europeu decidiu nesta quinta-feira reduzir sua taxa de de juros de 4% para 3,75%, no primeiro corte desde 2019. Com a decisão desta quinta-feira, o BCE se junta aos bancos centrais do Canadá, da Suécia e da Suíça, desfazendo algumas das sequências mais acentuadas de aumentos das taxas de juros na história recente.

A expectativa é de que o Federal Reserve, afetado por algumas leituras de inflação mais fortes do que o esperado neste ano, junte-se a eles no segundo semestre.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta que a piora recente das expectativas do mercado financeiro para a inflação tem preocupado a autoridade monetária. Ele disse também que, aparentemente, a queda de juros ao redor do mundo será mais tímida do que se esperava inicialmente.