Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar seguia abaixo de 5,20 reais nesta terça-feira, mantendo-se na estreita faixa de negociação dos últimos dias, com operadores aqui evitando grandes mudanças de posições a exemplo de seus pares no exterior, na véspera da aguardada decisão de política monetária do Fed.

Às 9h49, o dólar à vista subia 0,22%, a 5,1860 reais, depois de oscilar entre 5,1995 reais (+0,48%) e 5,169 reais (-0,11%).

No exterior, o dólar rondava estabilidade contra uma cesta de moedas fortes e mostrava algum fôlego ante divisas emergentes .

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O foco dos agentes financeiros seguia orientado para o Fed, que na quarta-feira pode anunciar mais detalhes de discussões iniciais sobre redução de compras de ativos. De forma geral, porém, a expectativa é que o banco central mantenha algum tom “dovish” (pró-estímulos), possivelmente voltando a incluir a pandemia como fator de preocupação para a economia.

Em paralelo, o mercado debatia ainda o rumo dos juros por aqui, com discussões sobre se o Banco Central poderia continuar a subir a Selic em 75 pontos-base ou se adotaria uma postura mais agressiva ao promover aperto de 100 pontos-base.

Os contratos de juros futuros subiram desde a divulgação de dados mais fortes de inflação na semana passada.

“Esse aumento dos juros futuros acaba por atrair o capital estrangeiro e pressionar o dólar para baixo. A baixa adesão da greve dos caminhoneiros foi interpretada como sinal positivo pelos investidores”, disse Lucas Schroeder, diretor de operações da Câmbio Curitiba.

Aumentos de juros no Brasil elevam o diferencial de juros a favor do real, o que deixa a moeda mais atrativa para investimentos.

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