O dólar à vista virou para o lado positivo e registrou máxima a R$ 5,3880 (+0,06%), mas já retomou a queda em linha com o exterior. O responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem, diz que houve alta pontual em meio a uma liquidez um pouco baixa ainda, mas volta a cair com o exterior um pouco melhor. De acordo com Nagem, há repercussão nas mesas de câmbio da notícia de que o presidente da República, Jair Bolsonaro, se arrependeu de dar apoio à autonomia do Banco Central e o mercado esta de olho nisso.

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira o julgamento para decidir se a lei aprovada de autonomia do BC pelo Congresso ficará mesmo de pé. Por enquanto, o placar no Supremo está em 1 a 1. Nagem também disse que há comentários sobre as manifestações de 7 de setembro, porque é habitual a apresentação de militares na data em vários Estados e junto com atos programados de apoiadores de Bolsonaro a favor do voto impresso e contra a democracia podem confundir a população e começa a gerar inquietação, comenta Nagem.

Em relação a pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, feito por Bolsonaro na sexta-feira, não se espera que ande no Senado, porque não tem base legal para isso, afirma Nagem.

Para ele, o presidente vai levar o discurso contra urna eletrônica até 2022 porque pode servir de argumento de suspeição, caso seja derrotado, como fez Donald Trump nos EUA, compara.

Às 11h03, o dólar à vista caía 0,24%, a R$ 5,3712.