O dólar operou em alta nesta sexta-feira, 11, frente à maioria das moedas rivais, tendo em vista o avanço da covid-19 e a falta de sinais de estímulo fiscal nos Estados Unidos. Além disso, o euro e a libra se desvalorizaram ante a moeda americana, em meio às notícias negativas sobre um acordo pós-Brexit. O iene, considerada uma moeda segura, por outro lado, se valorizou frente ao dólar, enquanto grande parte das divisas emergentes marcaram perdas.

O índice DXY, que mede o dólar frente outras seis moedas de economias desenvolvidas, fechou em alta de 0,17%, a 90,976 pontos. A marcação operou em alta durante quase toda a sessão, fortemente atrelada à desvalorização do euro, principal componente do DXY. O iene, por sua vez, que compete com dólar em termos de ativo de segurança, se valorizou, e, no fim da tarde em Nova York, o dólar era cotado a 104,05 ienes.

O otimismo com a economia global caiu na sexta-feira, com os casos de covid-19 continuando a subir. Além disso, os legisladores dos EUA seguem em negociações por mais alívio fiscal, mas sem sinais importantes de um desfecho. Na semana que vem, além da covid-19 e do pacote, a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) deve ser observada. O desempenho forte do dólar hoje deixou a moeda americana perto do seu primeiro ganho semanal em quatro semanas, segundo o Western Union.

Na Europa, o premiê britânico, Boris Johnson, disse hoje a repórteres que seria “muito, muito provável” um divórcio com a União Europeia sem acordo. A libra chegou a sofrer intensas quedas diante do dólar com a perspectiva. “Mesmo sem o Brexit, a próxima semana parece colossal para a libra, com o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) sendo a atração principal”, projeta o Western Union, tendo em vista a decisão de política monetária do BoE. Na marcação acima, a libra era cotada a US$ 1,3221. Já o euro era cotado a US$ 1,2119.