O dólar à vista caí na tarde desta quinta-feira, no que é a primeira sessão de 2025, com investidores realizando suas apostas iniciais para o ano de olho no cenário fiscal brasileiro e nas perspectivas para a economia global.

Às 13h25, o dólar à vista caía 0,40%, a R$ 6,159 na venda, após ter batido R$ 6,22 na máxima até o momento. Já o Ibovespa tinha leve alta. Veja cotações. Na segunda-feira, última sessão de 2024, o dólar à vista fechou em queda de 0,22%, a 6,179 reais. No ano, a moeda norte-americana acumulou alta de 27,36%.

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As perspectivas para o cenário fiscal brasileiro devem continuar sendo o principal foco do mercado neste início do ano, à medida que os agentes financeiros continuam preocupados com o compromisso do governo em equilibrar as contas públicas.

Os receios fiscais foram o principal fator na disparada do dólar nas últimas semanas do ano passado, com a moeda norte-americana ultrapassando o patamar de 6,00 reais pela primeira vez na história no fim de novembro.

Apesar de o Congresso ter encerrado o ano parlamentar com a aprovação de uma série de medidas de contenção de gastos apresentadas pelo Executivo, o mercado tem avaliado que são precisos mais projetos para controlar a trajetória da dívida pública e duvida da vontade política do governo em elaborá-los.

“Hoje não temos muita coisa na agenda. É mais acompanhar o pregão e qual vai ser o movimento… O mercado tem olhado muito para qual vai ser a precificação do teto da taxa de juros”, disse Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos.

Em dezembro, o Banco Central acelerou o ritmo de aperto nos juros, elevando a Selic em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano, sinalizando mais dois aumentos da mesma magnitude nas duas próximas reuniões.

A autarquia passa a ser comandada neste ano por seu novo presidente, Gabriel Galípolo.

No cenário externo, os mercados globais aguardam novos números sobre a economia norte-americana em busca de sinais sobre a trajetória dos cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve.

O banco central dos Estados Unidos realizou três reduções nos juros — 100 pontos-base acumulados — no ano passado, mas investidores esperam agora que as autoridades atuem com mais cautela no afrouxamento da política monetária, uma vez que a inflação segue acima da meta de 2%.

Dados de pedidos iniciais de auxílio-desemprego serão divulgados ainda nesta manhã, às 10h30, enquanto a pesquisa PMI para o setor industrial dos EUA será publicada às 11h45 pela S&P Global.

Os mercados também se posicionam para o início do governo de Donald Trump nos Estados Unidos, com o retorno do ex-presidente para a Casa Branca em 20 de janeiro, o que tem provocado temores de guerras comerciais devido às promessas de tarifas pelo republicano.