O dólar à vista opera em alta nesta sexta-feira, 28, em dia de definição da última taxa Ptax de abril. O mercado de câmbio acompanha a valorização do dólar no exterior, enquanto a queda dos retornos dos Treasuries em ambiente de cautela.

Os investidores estão digerindo os dados do IBC-BR, que subiu 3,32% em fevereiro ante janeiro, com ajuste, e também a queda da taxa de desemprego de 8,8% no trimestre encerrado em março, melhor que a mediana de 8,9% esperada pelos economistas ouvidos pelo Projeções Broadcast e dentro do intervalo (8,5% e 9,1%). Destaques para a renda média real do trabalhador, de R$ 2.880 no trimestre encerrado em março, alta de 7,4% em relação ao mesmo trimestre de 2022, e a massa de renda real habitual paga aos ocupados, que somou R$ 277,194 bilhões no trimestre encerrado em março, alta de 10,8% ante igual período do ano passado.

Já o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou baixa de 0,66% em março ante recuo de 0,29% em fevereiro, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A expectativa no mercado, no entanto, é de que os dados internos não devem alterar as apostas de manutenção da Selic em 13,75% pelo Copom, na próxima quarta-feira, dia 3.

Lá fora, nas próximas horas, as atenções se voltam para uma série de dados econômicos dos Estados Unidos sobre inflação (PCE), gastos com consumo e confiança do consumidor. A chance de um aumento de 25 pontos-base dos juros nos EUA, que há um mês estava em 47,2%, nesta manhã era de 87,4%, segundo o CME Group. Atualmente os Fed Funds estão na faixa de 4,75% a 5,00%. O Banco Central da Rússia manteve taxa básica de juros em 7,5% em decisão anunciada nesta manhã, enquanto o Banco do Japão (BoJ) também não mexeu em sua política monetária.

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Às 9h20 desta sexta-feira, o dólar à vista subia 0,60%, a R$ 5,0103. O dólar futuro para junho, mais negociado a partir de hoje, ganhava 0,53%, a R$ 5,0410.