Após três sessões em baixa, o dólar à vista fechou a quarta-feira, 24, em alta ante o real, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana no exterior e com a elevação das taxas dos Treasuries – ou seja, o rendimento dos títulos do governo dos Estados Unidos.

O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1492 na venda, em alta de 0,40%. Em abril, a divisa dos EUA acumula elevação de 2,66%. Veja a cotação do dólar hoje.

Enquanto isso, no mercado de ações, o Ibovespa fechou em baixa, mas com o avanço da Vale atenuando o efeito do movimento dos títulos do Tesouro norte-americano. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,33 %, a 124.740,69 pontos. Na máxima do dia, o Ibovespa chegou a 125.472,55 pontos. Na mínima, a 124.555,92 pontos. O volume financeiro no pregão somou R$ 20,09 bilhões.

Cenário

O movimento de alta do dólar se intensificou no Brasil, na esteira do avanço dos rendimentos dos Treasuries. Além da pressão altista trazida pelo exterior, o mercado esteve atento à fala do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante evento em São Paulo, sobre a busca da meta de inflação de 3%.

“Do ponto de vista de diretor de Política Monetária, isto não é um tema… Meta não é para se discutir, é para se perseguir”, afirmou, reforçando que a discussão sobre a viabilidade da meta de inflação não é feita no Copom e é um “não-tema”.

Galípolo pontuou ainda que o regime de câmbio flutuante no Brasil tem absorvido as mudanças de precificação dos ativos — fenômeno que ocorre na esteira da expectativa de que o Federal Reserve promova menos cortes de juros em 2024. Segundo o diretor, o momento parece ser “predominantemente de valorização do dólar”.