17/02/2025 - 17:53
Numa sessão de liquidez reduzida em função de feriado nos Estados Unidos, o dólar oscilou em margens estreitas no Brasil e encerrou a segunda-feira em leve alta, novamente acima dos R$5,70, enquanto no exterior a moeda norte-americana tinha sinais mistos ante as demais divisas.
O dólar à vista fechou em alta de 0,27%, aos R$5,7128, após ter encerrado a sexta-feira em R$5,6974. Em 2025, a moeda norte-americana acumula queda de 7,54%.
Já o Ibovespa fechou em alta, renovando máximas do ano e flertando com os 129 mil pontos. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 0,26%, a 128.552,13 pontos, tendo marcado 129.534,45 pontos na máxima e 128.229,39 pontos na mínima do dia.
De acordo com analistas do Itaú BBA, o Ibovespa superou três regiões importantes de resistência no último pregão, com isso, o mercado está livre para mais um movimento de alta com próximos objetivos em 130.900 e 137.469 pontos — máxima histórica.
“Do lado da baixa, o índice encontra suporte em 123.700 pontos”, afirmaram no relatório Diário do Grafista, acrescentando que, se recuar abaixo desse patamar, o movimento de realização de lucros ganhará impulso.
No mercado de DIs, as taxas fecharam a segunda-feira em baixa firme após dados do Banco Central mostrarem queda da atividade em dezembro, em mais um indício de desaceleração da economia brasileira.
Wall Street sem pregão
O pregão foi marcado pela ausência do referencial de Wall Steet em razão de feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos.
“Tivemos um dia de feriado nos Estados Unidos, que sempre diminui a liquidez, reduz os negócios. É um dia de dólar ‘de lado’, tentando acompanhar o movimento do exterior, onde a moeda está levemente valorizada ante algumas divisas pares do real”, avaliou durante a tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.
Com o feriado do Dia dos Presidentes nos EUA, que manteve os mercados norte-americanos fechados, o mercado brasileiro se voltou para a agenda doméstica, que tinha o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) como destaque.
Considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), o indicador caiu 0,7% em dezembro ante novembro, em dado dessazonalizado. O resultado foi bem pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,4%.
Foi o resultado mensal mais fraco desde maio de 2023 (-1,72%), levando o índice a fechar o quarto trimestre com estagnação na comparação com os três meses anteriores, em dado dessazonalizado.
Dólar pouco impactado
Embora tenha sido o gatilho para a queda firme das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) nesta segunda-feira, o IBC-Br pouco influenciou as cotações do dólar, que oscilou em margens estreitas, sem motivos para ajustes mais fortes.
Após marcar a cotação máxima de R$5,7227 (+0,44%) às 9h04 — logo após a abertura –, o dólar à vista atingiu a mínima de R$5,6952 (-0,04%) às 10h45. No restante da sessão, pouco se afastou da estabilidade.
No exterior, às 17h10, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,06%, a 106,730.
Pela manhã o Banco Central vendeu, em sua operação diária, 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025.
Também divulgado pela manhã, o boletim Focus do BC mostrou que a mediana das projeções do mercado para o dólar no fim de 2025 seguiu em R$6,00, com uma taxa básica Selic projetada em 15,00% no final do ano. Atualmente a Selic está em 13,25% ao ano.