O dólar à vista adota viés positivo na manhã desta quarta-feira, 23, em meio à queda do petróleo e do minério de ferro e ausência de avanços nas negociações comerciais do governo brasileiro com os EUA, após oscilar com a perda de força da divisa americana ante moedas emergentes pares do real nos primeiros negócios.

O dólar futuro de agosto também avança, alinhado com a moeda americana ante outras principais no exterior após acordo comercial entre os Estados Unidos e o Japão. A agenda de indicadores é enxuta e há expectativas de manutenção da taxa Selic em 15% pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião da próxima semana e por período prolongado.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que o Japão conseguiu uma redução tarifária de 25% para 15% graças a um mecanismo financeiro inovador que redireciona capital para indústrias específicas. Segundo ele, as conversas com a UE estão avançando, mas são desafiadas pela necessidade de consenso entre seus 27 países membros.

A UE planeja tarifas de 30% sobre 100 bilhões de euros em produtos dos EUA se nenhum acordo for alcançado e Trump aplicar tarifas similares às exportações do bloco. Isso incluiria tarifas existentes e propostas sobre bens americanos, segundo a Bloomberg.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou o ritmo de alta a 0,31% na terceira quadrissemana de julho, após elevação de 0,25% no período anterior. Com o resultado, o IPC-S soma alta de 3,99% em 12 meses e de 3% em 2025.

No setor corporativo, a Weg reportou lucro líquido de R$ 1,59 bilhão no segundo trimestre de 2025, aumento de 10,4% ante o apurado em igual período de 2024. Em relação ao primeiro trimestre do ano, a alta foi de 3,0%.

Nos EUA, a AT&T teve lucro líquido de US$ 4,9 bilhões no segundo trimestre de 2025, 26% maior que o de igual período do ano passado, com lucro por ação de US$ 0,54, ligeiramente acima da previsão, de US$ 0,53, mas a receita decepcionou.