O dólar opera praticamente estável na manhã desta terça-feira, 20, mas com um pé no território positivo, com o mercado de câmbio ajustando-se ao viés de alta externa moderada do dólar frente a outras moedas emergentes ligadas a commodities, após a decepção dos investidores com o corte de juros de 0,10 pontos-base na China, ante apostas dos analistas de corte maior de 0,15 pp.

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O ajuste positivo no câmbio reflete uma realização muito tímida, possivelmente porque podem ter novos ingressos de fluxo comercial, após a divisa registrar máxima mais cedo aos R$ 4,7955 (+0,42%). Na segunda-feira, 19,, o dólar registrou a décima queda dos 12 pregões de junho, acumulando desvalorização de 5,86% no mês até ontem.

Na renda fixa, os juros futuros oscilam perto dos ajustes da véspera, com viés de baixa, sob influência do recuo moderado dos rendimentos dos Treasuries, na volta do feriado ontem nos Estados Unidos.

Os investidores aguardam a decisão do Copom amanhã, para a qual projetam manutenção da Selic em 13,75% ao ano e esperam sinais de possível viés de baixa para a reunião de agosto. Mais cedo, o IGP-M na segunda prévia de junho apontou deflação maior que a esperada.

Lá fora, comentários do dirigentes do Federal Reserve, John Williams, de Nova York (12h45), também serão monitorados após o presidente da distrital do Fed em St. Louis, James Bullard, não abordar a política monetária do Fed ou a perspectiva econômica americana durante participação hoje em um fórum econômico em Barcelona, na Espanha. Na ocasião, Bullard fez apresentação com o título “Políticas Macroeconômicas Ideais em um Mundo Heterogêneo”.

No Senado brasileiro, o principal projeto em discussão nesta terça-feira está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O colegiado tentará votar a proposta de nova regra fiscal. O mais provável, porém, é que haja um pedido de vista de opositores do governo e a deliberação fique para esta quarta ou quinta-feira, dias 21 ou 22 de junho. A CAE realiza audiência pública sobre o projeto com os economistas José Márcio Camargo (PUC-RJ) e Marcos Mendes (Insper) e, depois da audiência, provavelmente por volta das 10h30, os senadores tentarão votar o texto.

Às 9h40 desta terça, o dólar à vista subia 0,05%, a R$ 4,7780. O dólar para julho recuava 0,04%, a R$ 4,7880.