O dólar sobe levemente no mercado à vista nesta sexta-feira, 4, estendendo alta forte ontem a após o corte da Selic maior que o esperado, de 50 pontos-base, a 13,25% ao ano na quarta-feira (2). Lá fora, o índice DXY ronda a estabilidade, com viés de baixa, e o dólar sobe está misto ante divisas emergentes ligadas a commodities, com viés de alta ante peso chileno, mas em baixa diante de peso mexicano, peso colombiano e rand sul africano.

A taxa da T-Note 30 anos recuava, à espera do relatório de empregos, (payroll), dos EUA em julho (9h30), depois de subir ontem ao maior nível desde novembro de 2022 em meio a incertezas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

+ Dólar sobe quase 2% e aproxima-se de R$ 4,90 após corte de juros

+ Moedas Globais: dólar fica sem sinal único ante divisas fortes, com libra sob pressão após BoE

No fim de julho, o Fed elevou juros em 25 pontos-base, à faixa de 5,25% a 5,50% e deixou em aberto a possibilidade de novo aumento ainda este ano, a depender da evolução dos dados econômicos.

A expectativa para o payroll é de que a economia dos Estados Unidos gere 205 mil empregos em julho, a taxa de desemprego se mantenha em 3,6% e o salário médio por hora cresça 0,3% ante o mês anterior e 4,2% na comparação anual, de acordo com pesquisa do Projeções Broadcast.

Caso se confirme, o resultado de criação de vagas praticamente repetirá os 209 mil postos gerados em junho. Dados divulgados pelo ADP esta semana mostraram que o setor privado dos Estados Unidos criou 324 mil empregos em julho, bem acima da expectativa de analistas (+183 mil postos).

Na última hora, os índices futuros das bolsas de Nova York e os mercados acionários da Europa perderam força, à medida que investidores demonstram cautela antes da divulgação de novo payroll.

Às 9h27, o dólar à vista subia 0,19%, aos R$ 4,9080. O dólar para setembro caía 0,26%, aos R$ 4,9310, com ajustes ao fechamento anterior (a R$ 4,9440) ante o valor à vista (R$ 4,8987).