O dólar registrou mínima a R$ 4,9316 no mercado á vista há pouco, reagindo à reabertura do Global 2050 em nova emissão do Tesouro no exterior, segundo um operador de câmbio. Ainda que os recursos dessa emissão soberana não passem pelo mercado, pois devem ser internalizados diretamente para o caixa do Tesouro, é mais um sinal do bom momento do Brasil no exterior.

Estrangeiro eleva posição ‘vendida’ em taxa de juro futuro

A operação do Tesouro ocorre na esteira da captação de US$ 1 bilhão pela Suzano Papel e Celulose com meta de inclusão de mulheres em cargos de liderança e economia de água, que teve demanda de US$ 3,5 bilhões, pagando ao investidor retorno de 3,28% – o menor prêmio já pago nos bonds emitidos para esse prazo pela companhia.

Agora, o dólar à vista já esta mais perto da máxima intradia (R$ 4,9496), sob pressão do exterior e de interesses técnicos de investidores comprados em contratos cambiais visando fortalecer antecipadamente a Ptax, nesta véspera de definição da taxa referencial do fim de junho e do primeiro semestre.

Às 9h53, o dólar á vista subia 0,38%, a R$ 4,9471.

Os agentes de câmbio monitoram ainda a queda dos juros futuros após a forte desaceleração do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de junho, que subiu 0,60% ante 4,10% em maio, ficando abaixo do piso da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,78%, e também foi a menor alta desde maio de 2020, quando o IGP-M teve variação de 0,28%. Os ajustes de baixa desaceleram diante do fortalecimento há pouco dos rendimentos dos Treasuries no exterior.

No radar do mercado está ainda as expectativas de aumento do valor da bandeira vermelha 2 de energia elétrica, cujo valor será definido hoje pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).