O Vale do Silício, nos Estados Unidos, é a casa das mais badaladas startups de tecnologia da atualidade. Ao lado de titãs da tecnologia como Apple e Google, as pequenas empresas com ideias grandes vêm chamando a atenção do mercado. É o caso do DropBox. Ao receber um aporte de US$ 250 milhões do fundo de investimento Black Rock, a plataforma de compartilhamento de arquivos foi avaliada em US$ 10 bilhões. Seu fundador e CEO, Drew Houston, de 31 anos, é candidato para entrar na próxima edição da lista de bilionários da Forbes. 

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Drew Houston acredita que concorrência não vai acabar com DropBox

Com o movimento, o DropBox aparece como líder de um grupo de empresas que, apesar de ainda ter o modelo de negócios em evolução, já atingiram valor de mercado astronômicos. Um time que ainda conta com nomes como Pinterest, Square, Tumblr, Snapchat e outras.

Destes, talvez, a plataforma fundada por Drew Houston seja a que apresenta o melhor desempenho financeiro. O modelo de negócios da empresa é bastante simples. Os usuários têm um espaço livre de 2 megabytes gratuitos. Para ganhar mais capacidade de armazenamento, precisará pagar um valor mínimo de R$ 10 ao mês. 

A companhia também oferece planos para empresas, com mais opções de personalização, mas os valores partem de cerca de R$ 200 por ano. “Hoje temos 200 milhões de usuários e 4 milhões de empresas”, afirmou Ana Andreescu, porta-voz do DropBox. “A companhia está em um momento incrível.” 

 

Nos últimos anos, o faturamento do DropBox partiu dos US$ 12 milhões em 2010 para esperados US$ 200 milhões em 2013. 

 

O DropBox, contudo, vêm enfrentando artilharia pesada. Empresas de expressão, como Microsoft, Apple e especialmente o Google passaram a atuar no segmento da companhia. 

 

Microsoft e Apple oferecem o serviço gratuito para seus clientes e o Google oferece oito vezes mais espaço que o DropBox gratuitamente para qualquer um com uma conta Gmail.

 

Essa concorrência acirrada fez com que muitos analistas ficassem com o pé atrás com o alto valor estipulado pela startup. “Agora, eles precisam focar no produto”, disse Matt Murphy, do fundo de investimento e consultoria Kleiner Perkins Caufield & Byers. “O alto valor costuma gerar uma pressão dentro da empresa.”

 

Essa disputa, ao que tudo indica, não tem tirado o sono de Houston, o CEO do DropBox. “Empresas morrem por erros próprios, não devoradas por seus competidores”, afirmou o empresário. “Se não apresentarmos disciplina, haverá frustração. Não podemos nos contentar com nosso sucesso inicial.”

 

Balaji Viswanathan, fundador da plataforma de investimento americana Zingfin, lembra que, na pior das hipóteses, o DropBox gerou um serviço interessante. “Com uma possível queda, eles ainda seriam um alvo interessante para as gigantes”, afirma. “Podem, ao menos, conseguir um bom negócio para aquisição”.