O novo programa de hedge cambial, anunciado oficialmente nesta segunda-feira, 26, trará um cardápio de ações para mitigar o risco de variação cambial para investimentos estruturantes na economia brasileira a longo prazo e, com isso, deve contribuir para aumentar os investimentos verdes no País, afirmou o coordenador especial do Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux.

“Nós temos potencialidades extraordinárias no Brasil”, disse o coordenador, que salientou a oportunidade do País com powershoring. “Enquanto para a maior parte do mundo a transformação ecológica é encarada como um custo, no Brasil nós precisamos encarar isso como uma oportunidade.”

O coordenador também relembrou que no último ano o Brasil realizou pela primeira vez a emissão de títulos soberanos sustentáveis.

A vinculação da emissão a projetos de sustentabilidade, sejam eles de cunho mais ambiental ou social, permitiu a captação de recursos no exterior a uma taxa mais barata do que a tradicional, disse.

“Conseguimos criar uma curva de juros de referência com emissões verdes ou sustentáveis, para que as empresas brasileiras também consigam fazer captações no exterior a uma taxa de juros mais competitiva, levando em conta essa curva de juros do Tesouro Nacional”, acrescentou o coordenador.

Dubeux participou do Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, evento oficial do G20 Social realizado em São Paulo. Ele substituiu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diagnosticado com covid-19.