20/01/2022 - 1:07
A pandemia trouxe muito mais do que o vírus da Covid-19. O mercado de trabalho se reinventou com o trabalho remoto. A indústria farmacêutica avançou na produção de vacinas. Também teve muita gente perdendo renda e emprego. Por outro lado, os ricos também se tornaram mais ricos.
Segundo um relatório, Jezz Bezos, fundador e ex-presidente da gigante Amazon, teria conseguido acumular durante a pandemia dinheiro suficiente para vacinar o mundo inteiro. O documento divulgado pela Oxfam (Confederação de Organizações sem Fins Lucrativos que se foca na luta contra a pobreza do mundo) divulgou um novo estudo intitulado “A Pandemia da Desigualdade”.
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Segundo as informações do documento, entre 19 de março de 2020 e 31 de novembro de 2021, o patrimônio líquido dos 10 bilionários mais ricos do mundo mais do que duplicou, chegando a aumentar mais de 119% e a ultrapassar o valor agregado de 1,5 bilhões de dólares. A lista com os 10 nomes baseia-se na Forbes e conta com Elon Musk no 1.º lugar, Jezz Bezos no 2.º lugar e Bernard Arnault na 3.ª posição.
O relatório afirma que o acumulo de riqueza alcançou o impressionante valor de 15.000 dólares por segundo, ou 1,3 bilhões de dólares por dia, entre esse período de 2020 a 2021. Já a outra face da moeda mostra que, nessa mesma altura, estima-se que mais de 163 milhões de pessoas tenham atingido um limite de pobreza, com cerca de 5,50 dólares por dia (dados do Banco Mundial), devido à emergência sanitária provocada pela pandemia.
De acordo com as informações do documento, apenas nos primeiros 21 meses da pandemia, Jeff Bezos conseguiu acumular mais de 81,5 bilhões de dólares na sua fortuna. A Oxfam adianta ainda que este valor é o suficiente para se conseguir vacinar o mundo inteiro, com as duas doses e mais os reforços. Esta conclusão tem por base o custo de produção estimado pelos pesquisadores do Colégio Imperial Londrino de cada dose da vacina Pfizer.
Um dos principais motivos do incremento da riqueza de Bezos está relacionada com o aumento significativo das compras online durante o período pandêmico, onde a Amazon foi uma das principais plataformas escolhidas pelos consumidores.
Por fim, a Oxfam estima que a riqueza de algumas pessoas continue a aumentar e que apenas uma pequena parte desses valores se destine a ajudar os países mais desfavorecidos, sobretudo no que diz respeito à entrega de vacinas contra a Covid-19.