As bicicletas e scooters elétricas deixaram de ser equipamentos de esporte e lazer e tornaram importantes veículos de transporte e ferramentas de trabalho em cidades grandes e pequenas. Além de rápidos e práticos, os veículos movidos a eletricidade são econômicos e não poluem o meio ambiente. A principal diferença entre as duas é que para conduzir a motocicleta é necessária a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Billy Blaustein, co-fundador da Leoparda Electric, startup que oferece ao mercado latino-americano motocicletas e baterias elétricas, mostra 5 vantagens da motocicleta elétrica no dia a dia:

1 – Não polui o ar

As motocicletas movidas à gasolina não possuem conversores catalíticos e, portanto, lançam 15 vezes mais hidrocarbonetos no meio ambiente do que os automóveis, o que significa mais poluição. Justamente por utilizar a energia elétrica como fonte de energia, não há queima de combustíveis fósseis em uma motocicleta elétrica, que sequer possui um escapamento. Além disso, o Brasil tem uma das redes elétricas mais renováveis do mundo, com 85% de nossa energia proveniente de fontes sustentáveis vs. 30% energia sustentável em média dos outros países.

2 – Economia com combustível

A recarga completa de bateria em uma motocicleta é muito mais barata do que o abastecimento com gasolina, ainda mais se levarmos em conta as constantes mudanças de preço no combustível nos últimos anos. Para se ter uma ideia, é uma proporção de 10:1 em relação ao mesmo número de quilômetros percorridos.

3 – Silêncio

Outro problema dos grandes centros urbanos é a poluição sonora causada majoritariamente pelo escapamento e motores dos veículos. Com a motocicleta elétrica, isso não acontece, pois a ausência da queima de combustível e do sistema de escape faz com que o veículo seja quase 100% silencioso.

4 – Manutenção mais em conta

Um veículo elétrico tem menos componentes do que um a combustão. Dessa maneira, a manutenção acaba sendo mais simples e, por consequência disso, mais barata já que os modelos movidos a energia elétrica não possuem componentes como óleo, filtro de ar, correias dentadas e velas de ignição, itens que encarecem a revisão. Os usuários de veículos elétricos relatam regularmente uma economia de manutenção superior a 40%.

5 – IPVA mais barato (ou até gratuito dependendo do estado)

Para quem possui um carro ou moto, sabe que todo ano tem que pagar pelo Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), cujos valores são bem elevados. Porém, a coisa muda de figura para quem possui veículos elétricos.

Estados como Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão e Ceará dão isenção total do imposto a quem tem veículos nesta categoria. Já quem mora em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio De Janeiro tem uma alíquota diferenciada e mais em conta.

Bicicleta elétrica não proporciona quantidade de exercício recomendada, diz estudo

A E-moving, empresa de mobilidade sustentável, destaca 5 vantagens da bicicleta elétrica:

1 – Mais tempo

A bike elétrica é a melhor opção para percorrer curtas e médias distâncias. Com ela, não é preciso enfrentar o trânsito, sendo possível chegar mais rápido ao trabalho e compromissos fugindo de congestionamentos.

2 – Economia

Enquanto um carro gera vários gastos como multas, combustível, estacionamento e taxas, com a bike elétrica é necessária apenas a energia elétrica e algumas pedaladas. As bicicletas elétricas gastam apenas R$ 0,02 centavos por km rodado.

3 – Saúde

Não é por ser uma bike elétrica que você não poderá pedalar, basta desligar o motor e será possível usá-la como uma bike comum.

4 – Previsibilidade

Com uma bicicleta elétrica você não ficará refém do trânsito e das greves de metrô e ônibus. Seu trajeto será sempre previsível, você saberá a hora que chegará ao seu trabalho e compromissos.

 5 – Praticidade

As bikes elétricas são práticas e possuem bateria removível. Você pode deixar a bike no estacionamento do prédio onde trabalha, ou onde mora, subir com a bateria e recarregá-la em qualquer tomada. Ela carrega em apenas 4 horas e meia.

Dados

O relatório da 24ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 24) aponta que o setor de transportes é responsável por 25% das emissões globais dos gases de efeito estufa. Os veículos elétricos contribuem para a mudança deste cenário. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), atualmente, há mais de 30 mil veículos em circulação no país, podendo chegar a até 1 milhão até 2030.

“Apesar dos avanços no sentido de popularizar o uso dos veículos elétricos, ainda há um longo caminho a percorrer para que toda a tecnologia necessária seja implementada, a começar pelas tomadas. Para que seja possível fazer a recarga em casa, é necessário que as instalações elétricas sejam adaptadas de acordo com cada região. Já nos postos especializados, é importante se atentar ao tipo de plugue. Atualmente existem 4 tipos diferentes”, explica Luiz Alberto Wagner, CEO da HCC Energia Solar.

Para o empresário, é necessário, além de multiplicar a quantidade de postos disponíveis, buscar formas baratas e sustentáveis de produzir energia. “Caso não seja assim, o sistema hídrico tradicional poderá entrar em colapso. Além disso, as empresas precisam buscar formas de gerar motores com mais autonomia e velocidade menor no carregamento”, afirma Wagner.