Estamos caminhando para uma internet diferente, chamada de Web 3.0. Um conceito de ambiente virtual descentralizado, mais aberto, o que significa ser menos concentrada nas mãos dos grandes players do mercado, como Google, Meta e Bytedance. Algo que também deve vir com um maior controle dos dados e privacidade, um ambiente onde quem controla as informações é o próprio usuário e ele mesmo escolhe com quem compartilhá-las.

Grande parte da discussão também vai para as redes sociais, hoje controladas por essas grandes empresas. Ter uma organização lucrativa por trás de uma plataforma social implica diversos interesses que não são os dos usuários e sim dos investidores ou atores da própria empresa visando o lucro.

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A discussão esteve nos holofotes recentemente com a compra do Twitter e do Parler, respectivamente, por Elon Musk e Kanye West. Ambos realizaram as aquisições com base em desejos próprios para as plataformas.

É importante lembrar a importância e impacto das mídias virtuais hoje no mundo, elas disseminam a informação quase que instantaneamente, o que também faz com que se tornem uma ferramenta para propagar informações falsas e bolhas de informação, onde as pessoas consomem apenas opiniões condizentes com as próprias.

Com isso em mente, devemos refletir e discutir sobre a estrutura organizacional dessas instituições. Com redes sociais como organizações sem fins lucrativos, seria possível abraçar os pontos mais importantes dos usuários, como o livre discurso, criando um ambiente livre para se expressar, regulado por um ator imparcial.

A verdade é que não será fácil achar o ator ideal para moderar e controlar as redes sociais do futuro, mas os usuários e a sociedade já sabem o que querem: o livre discurso, um ambiente descentralizado e o foco no usuário, visando melhorar a plataforma focando nos desejos individuais.