03/06/2022 - 3:33
No reino da ficção científica e da especulação selvagem, a ideia de “levar” a mineração para a Lua ou para o asteroide mais próximo começa a ganhar forma no mundo real, assim como a hipótese de pôr satélites para fornecerem energia solar à Terra ou mesmo o sonho de, como cidadãos comuns, podermos pagar por uma viagem espacial.
As previsões são do Citigroup que estima que a economia gerada em redor do Espaço possa valer qualquer coisa como 100 bilhões de dólares até 2040, comparativamente aos 370 milhões registados em 2020.
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Há dois grandes fatores a contribuírem para o potencial de crescimento previsto, de acordo com o relatório, a entrada de empresas privadas num setor antes dominado pelas agências governamentais e a redução substancial nos custos.
Os cálculos apontam para que os custos de lançamento atuais de 1.500 dólares por quilograma sejam cerca de 30 vezes menores do que o custo de lançamento do vaivém espacial da NASA em 1981. Foguetes e veículos de lançamento reutilizáveis, novos materiais e combustíveis, métodos de produção mais econômicos e avanços em robótica e eletrônica se combinam para reduzir ainda mais esses custos.
Acredita-se que os custos de lançamento possam cair para os 100 dólares/kg até 2040 e, num cenário otimista, para até 33 dólares/kg. Prevê que os custos de lançamento caiam ainda mais à medida que os fabricantes usarem designs que incorporem materiais novos.
O Citigroup acrescenta que o mercado de satélites, que atualmente responde por mais de 70% da indústria espacial, continuará a dominar, mas a procura deverá sofrer uma mudança de paradigma. Aplicações tradicionais, como a transmissão de vídeo, darão lugar a novas, como consumo de banda larga e Espaço como serviço.
O crescimento mais rápido, contudo, deverá surgir de novas aplicações e indústrias espaciais, como produção de energia solar, mineração lunar e logística espacial, entre outras, e que deverão gerar receitas anuais de 100 bilhões de dólares até 2040.