A receita do Twitter com publicidade nos Estados Unidos desabou 59% em abril deste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior, para US$ 88 milhões.

O resultado foi obtido pelo jornal New York Times, que teve acesso a um memorando interno do Twitter. Segundo o documento, com base em análises de funcionários e ex-funcionários da companhia, as perspectivas para os próximos meses não são nada otimistas.

+ Para a Comissão Europeia, Twitter ‘escolheu o confronto’ em questões de desinformação

De acordo com as projeções do Twitter, a receita com publicidade deve cair pelo menos 56% por semana em junho, também na base de comparação anual.

Até o momento, o dono do Twitter, Elon Musk, e a nova presidente-executiva da plataforma, Linda Yaccarino, não comentaram a queda da receita publicitária. Os anúncios representam cerca de 90% da receita total do Twitter.

A equipe de vendas de anúncios da empresa está preocupada que os anunciantes possam ficar assustados com o aumento do discurso de ódio e da pornografia na rede social, bem como com mais anúncios apresentando jogos de azar online e produtos de maconha.

Essas questões foram herdadas por Linda Yaccarino, a executiva da NBCUniversal que Musk nomeou presidente-executiva do Twitter no mês passado. Ela começou seu novo trabalho nesta segunda-feira (5).

O estado da publicidade do Twitter é crucial, porque os anúncios representam há muito tempo 90% da receita da empresa. Depois que Musk comprou o Twitter por US$ 44 bilhões (R$ 216,6 milhões) em outubro e fechou o capital da empresa, ele prometeu construir “a plataforma de anúncios mais respeitada”.