O Exército egípcio anunciou nesta segunda-feira ter matado dez “terroristas” que planejavam atentados contra “alvos vitais e interesses estrangeiros” durante o Aid al Kabir – a Festa do Sacrifício -, uma celebração importante para os muçulmanos.

Em nota, o Exército explicou que, “graças a informações dos serviços secretos”, descobriu-se um reduto de “terroristas” na região do oásis de Bahariya, no centro do deserto ocidental.

“Dez elementos terroristas morreram, outro ficou ferido e foi detido” em uma operação das forças de segurança egípcias, acrescenta o comunicado.

Ainda segundo a nota, foram encontradas “quantidades importantes de armas, munições e explosivos” em um depósito, que foi destruído.

Este vasto deserto, situado no oeste do país, abriga grupos jihadistas, entre eles a filial egípcia da organização Estado Islâmico. O Egito manifestou sua preocupação em várias ocasiões pelo aumento do tráfico de armas e a chegada de combatentes jihadistas procedentes da Líbia.

Nessa região, em 13 de setembro passado, as forças de segurança egípcias mataram oito turistas mexicanos e quatro egípcios por “engano” durante uma ofensiva contra combatentes jihadistas.

Embora seu alvo principal seja a polícia e o Exército, alguns grupos ligados ao EI parecem ter mudado de estratégia, recentemente, e começaram a atacar cidadãos ocidentais para prejudicar o turismo e os investimentos no país.

Os atentados jihadistas aumentaram no Egito desde o golpe militar contra o presidente islâmico Mohamed Mursi, em julho de 2013, e o lançamento de uma sangrenta repressão contra os partidários do ex-chefe de Estado derrubado.

Mais de 1.400 pessoas morreram e milhares foram presas no contexto de repressão contra os partidários de Mursi. Centenas deles, incluindo o próprio ex-presidente, foram condenados à morte em processos sumários.