A seleção egípcia de handebol cancelou nesta quinta-feira dois amistosos que disputaria contra o Catar em final de novembro, mas manteve a participação no Mundial-2015, apesar das tensões diplomáticas entre os dois países.

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) e o Bahrein já anunciaram na semana passada que não participariam do próximo Mundial de handbol, realizado entre os dias 15 de janeiro e 1 de fevereiro, no Catar.

As relações entre o Catar e diversos países árabes, como Egito, EAU, Bahrein e Arabia Saudita ficaram tensas nos últimos meses. Doha é acusada de apoiar movimentos islâmicos na região para estender sua influência.

O presidente da federação egípcia de handebol, Khaled Hamuda, informou à AFP que o conselho de administração decidiu cancelar os amistosos que seriam disputados em Doha, mas confirmou a participação do Egito no Mundial.

“Temos que manter a calma diante das pressões que pesam atualmente sobre a federação de handebol”, explicou Hamuda, em relação à retirada do Bahrein e dos EAU.

A retirada do Egito poderia resultar em sanções que “ameaçariam o futuro do esporte” no país, continuou.

O Catar é acusado de apoiar no território egípcio os partidários do ex-presidente islamita Mohamed Mursi, destituído pelo exército em julho de 2013, enquanto Doha denuncia regularmente a sangrenta repressão imposta a quem apoia o ex-mandatário.

A federação egípcia de natação já havia anunciado que, por divergências políticas, não participará do Mundial em piscina curta, que será realizado em dezembro em Doha.