A queda do empresário Eike Batista, que já foi um dos homens mais ricos do mundo, ao fundo do poço parece ainda não ter terminado.

Após ser preso e ter os bens bloqueados, agora o empresário entrou com um pedido para ter acesso à Justiça gratuita por não poder pagar os custos de um processo.

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O pedido foi feito porque o processo de falência da sua mineradora MMX Sudeste Mineração ainda está em andamento na Justiça.

De acordo com a defesa do empresário, ele não pode arcar com os custos do processo, já que os seus bens estão bloqueados.

Apesar de ter entrado com o pedido no domingo (2), de acordo com a colunista Malu Gaspar, do jornal “O Globo”, a Justiça negou a gratuidade e a defesa do empresário teve que entrar com um recurso.

Resta, agora, esperar a decisão, que cabe ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Caso o pedido seja aceito, o empresário não precisará pagar custas ou taxas judiciais, mas ainda terá que pagar pelos honorários da defesa.

Gratuidade para ex-bilionário?

A negação do pedido do empresário na primeira instância é compreensível.

Via de regra, o benefício é concedido para pessoas carentes que podem ter sua renda para sobreviver bastante comprometida pelos custos judiciais.

Não se trata, obviamente, do caso de Eike Batista, mas ao mesmo tempo o fato de seus bens estarem bloqueados realmente podem deixá-lo incapaz de pagar os custos judiciais, que costumam não ser baratos.

No entanto, a Justiça não parece ter muita empatia pela condição do empresário, sobretudo diante de suas condenações criminais e das práticas condenáveis ao longo de sua carreira.

Ascensão e queda de Eike

A decadência do empresário Eike Batista tem sido especialmente deprimente para quem acompanhou sua trajetória desde o início.

No ranking da Forbes de 2012, o empresário brasileiro aparecia como o sétimo homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões.

Por curiosidade, na época, o atual homem mais rico do mundo, Elon Musk, aparecia na 634ª colocação, com uma fortuna de “apenas” US$ 2 bilhões.

Nesses dez anos, a ascensão de Musk foi tão meteórica quanto a queda de Eike.

Enquanto o empresário da Tesla agora tem uma fortuna de US$ 233 bilhões segundo a Forbes, o que equivale a um aumento de mais de 10.000% em dez anos, o empresário brasileiro está com os bens bloqueados e não aparece em qualquer ranking de milionários, tendo dificuldade até para pagar os custos de um processo e não chegando nem ao status de milionário.

Condenado a 11 anos de prisão pelo pagamento de mais de R$ 16 milhões em propina ao então governador do Rio, Sérgio Cabral, Eike teve a sua pena de reclusão alterada para prisão domiciliar pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2021.

Sua renda, atualmente, vem do restaurante chinês Mr. Lam (no Rio de Janeiro) e de uma empresa deficitária (a OSX, que atua na gestão de áreas do Porto do Açu).

Brasileiro mais rico atualmente

Atualmente, o brasileiro mais rico é Jorge Paulo Lemann, com uma fortuna de cerca de R$ 72 bilhões.

A maior parte dela foi conquistada por meio da companhia Ambev, a maior cervejaria da América Latina, e pelo fundo de investimento 3G Capital, fundado por Lemann e que tem em seu portfólio a empresa de alimentos Kraft Heinz, da qual o fundo é acionista minoritário após ajudar a fundir duas das maiores marcas de condimentos (as americanas Kraft Foods e H. J. Heinz).

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