13/03/2013 - 21:00
Consumo
Atenção, empresas. O Instituto Data Popular constatou, em pesquisa divulgada na quinta-feira 7, aquilo que praticamente todo marido já sabe: na hora de comprar, são as mulheres que decidem. O estudo concluiu que, em 86% dos lares brasileiros, são elas que dizem o que deve ser comprado. Aos homens cabe, é certo, a última palavra: “sim, senhora”. No setor de viagens, 79% das famílias vão para onde elas querem ir. E mais: são as mulheres que escolhem as roupas de seus companheiros em 71% das famílias e, em 58% das vezes, até no momento de trocar de carro, a maior paixão dos homens, depois das mulheres, é claro.
Aviação
Sinal verde para a Azul
Agora é oficial. Azul e Trip estão juntas. O Cade aprovou por unanimidade, na quarta-feira 6, a fusão entre as duas companhias aéreas. O empresário David Neeleman, fundador da Azul, será o comandante. Juntas, Azul e Trip têm 16,4% do mercado doméstico e são responsáveis por 29,7% de todas as decolagens no País.
Ranking
Veículos
O salto da Jaguar Land Rover
A montadora britânica Jaguar Land Rover, controlada pelo grupo indiano Tata, decidiu, enfim, construir uma fábrica no País. Executivos da companhia estão no Brasil negociando incentivos tributários e a estrutura logística de quatros estados. Oito cidades foram, segundo o presidente da montadora no País, Flavio Padovani, pré-selecionadas. A decisão de fabricar no Brasil, que já vinha anunciada há alguns anos, foi acelerada pelo anuncio do novo regime automotivo, que desonera carros com alto índice de componentes nacionais. O valor do investimento não foi revelado. O projeto deverá ficar pronto ainda neste mês.
Crise
Europa esvazia os pneus
A crise na Europa continua fazendo vítimas, especialmente no setor automobilístico. A maior fabricante mundial de pneus, a japonesa Bridgestone, e a terceira, a americana Goodyear, anunciaram, na quinta-feira 7, o fechamento de fábricas na Itália e na França. A Bridgestone deixou a cidade italiana de Modugno, em Bári. A unidade, inaugurada em 1962, empregava 950 trabalhadores. Já a Goodyear fechou sua fábrica no Norte da França, onde trabalhavam 1,2 mil funcionários.
Números
R$ 1,75 milhão - é o valor da condenação aplicada pela CVM aos ex-executivos da Brasil Telecom, Carla Cico, Paulo Pedrão e Luís Octávio da Motta Veiga. Eles teriam favorecido indevidamente o grupo Opportunity, um dos controladores.
R$ 1,4 bilhão – é o valor cobrado da Microsoft pelas autoridades de defesa da concorrência da União Europeia. A empresa de Bill Gates deixou de oferecer alternativas de navegação de internet a usuários do Windows.
R$ 2,3 bilhões – foi o saldo positivo entre os saques e os depósitos feitos em poupança em fevereiro, segundo o Banco Central. No mesmo mês do ano passado, houve mais saques que depósitos, o que levou a um resultado negativo de R$ 412,5 milhões.
US$ 44,4 bilhões - Foi o déficit da balança comercial dos EUA em janeiro. O número veio pior do que o previsto por analistas (-US$ 43 bilhões). Em dezembro de 2012, o saldo negativo foi de US$ 38,1 bilhões.
R$ 250 milhões - é quanto a construtora Vitacon, do empresário Alexandre Lafer Frankel, investirá em São Paulo, a partir desta semana, no VN Casa, uma rede de flats em bairros centrais. Ele quer convencer os paulistanos a morar mais perto do trabalho.
Trânsito
Curtas
A Shell e a Basf, duas gigantes do setor petroquímico e químico, fizeram um acordo de R$ 370 milhões com ex-funcionários, na quarta-feira 6. A fábrica de agrotóxicos que pertenceu às duas empresas, em Paulínia (SP), contaminou operários.
A Samsung, líder mundial no setor de eletrônicos, investirá US$ 112 milhões na japonesa Sharp, que enfrenta graves dificuldades financeiras. O aporte da empresa coreana representa uma fatia de apenas 3,04% da Sharp. A ideia é construir parceria em painéis de LCD.
A Qatar Airways apoiou a proposta da Boeing de pôr os 787 Dreamliners de volta à ativa, mas sugeriu, na quarta-feira 6, que pedirá indenização por conta da crise que paralisou 4% de sua frota por problemas de bateria.
Cortes
A Vivo encolhe
A operadora Vivo abriu um programa de demissão voluntária, na quarta-feira 6, para reduzir seu quadro de pessoal em cerca de mil funcionários no País. A informação partiu do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo (Sintetel). Também foi anunciado o fechamento de 500 vagas que estavam abertas em todo o Brasil, diz a entidade. Até quinta-feira 7, ainda não havia um balanço sobre a quantidade de adesões.
Entrevista
“Os importados nos impedem de crescer”
Poucos setores da economia foram tão afetados pela enxurrada de importação quanto o de pneus nos últimos anos. O presidente da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), Alberto Mayer, acredita que somente um rigor maior do governo contra os estrangeiros reverterá a situação.
Por que as empresas brasileiras em vez de se tornarem mais competitivas reclamam tanto da concorrência dos importados?
No caso da indústria de pneus, não dá para competir. A participação dos importados no segmento de reposição passou de 25%, há cinco anos, para 42% atualmente. Se olharmos para quem mais ganhou terreno, veremos que são pneus de péssima qualidade, que não oferecem segurança e não cumprem a legislação ambiental.
Qual é a saída?
O mercado de pneus para caminhões é nossa grande aposta. No geral, nosso mercado encolheu 6,7% no ano passado, em produção. Para este ano, projetamos recuperar parte da queda, ampliando em 4%. A venda de pneus para caminhões, que está indo muito bem, é a saída.
E no segmento de pneus para automóveis?
Está complicado. Nossas exportações despencaram e o excedente de pneus não vendido nos mercados em crise, como a Europa, está vindo para o Brasil. Os importados nos impedem de crescer. As fábricas da Ásia, para não reduzir seu ritmo, estão mandando sua produção para cá, com preços muito baixos. E, como o brasileiro geralmente compra pelo preço, os fabricantes instalados no País estão perdendo espaço.
Resumo da semana
