22/08/2007 - 7:00
Viagens de negócios são uma constante na vida de qualquer executivo. Quando se está fora a trabalho, o tempo é minuciosamente calculado para que o viajante possa cumprir uma agenda cheia de reuniões e encontros. Mas imprevistos de viagem acontecem, sejam eles relacionados a acidentes, problemas de saúde ou ao caos aéreo no País.
De acordo com uma pesquisa feita pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos em 2006, estima-se que mais de 60% dos passageiros de vôos internacionais, entre eles muitos executivos, viajam sem nenhum tipo de seguro. De olho nesse mercado, algumas seguradoras possuem produtos para cobrir as viagens corporativas. As apólices incluem desde seguro de vida, atendimento médico, odontológico e legal, até despesas com atrasos nos aeroportos e extravio de bagagem. O vôo foi cancelado? Tudo bem, elas pagam a diária do hotel.
No Brasil, o terceiro maior custo na receita das empresas é hoje representado pelas viagens de seus funcionários. Elas movimentaram em 2006 mais de R$ 10 bilhões e representam 33% do volume de passagens aéreas emitidas em território nacional, segundo a Associação Brasileira de Gestores de Viagens Corporativas (ABGEV). No entanto, a carteira de seguros de viagem parece não ter a mesma importância no mercado. Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o prêmio não passava de R$ 3,4 milhões em julho deste ano, enquanto os seguros de vida acumulavam no mesmo período mais de R$ 2 bilhões.
?Esse tipo de seguro não faz parte da cultura do País e acaba se refletindo nas empresas também?, explica Ilde Ostheimer, responsável pela área Corporate da Zurich Seguros, uma das principais fornecedoras de seguro de viagem para empresas do País. A empresa oferece uma cobertura de viagem que funciona como um banco de dias, válido por dois de dez horas de atraso, o executivo recebe R$ 1 mil para hospedagem e alimentação. Se a bagagem demorar para chegar, também. Ilde acredita que, no caso dos executivos que viajam muito, o seguro é imprescindível, pois a probabilidade de adoecer aumenta devido às diferenças climáticas e aos vírus típicos do lugar para onde se está indo.
Nas seguradoras concorrentes, as apólices com banco de dias coletivos também saem mais em conta. ?Conseguimos reduzir de 25% a 30% o custo do seguro se ele for feito para o uso coletivo?, garante Conrado Landgraf, gerente técnico de benefícios para a América Latina da Chubb. A Liberty iniciou no último dia 1o de agosto a parceria com a suíça Assit-Card e lançou o Liberty Viagens Corporativas. No banco de dias oferecido pela seguradora, a diária é de US$ 7,61. Aanos. Com isso, todos os seus executivos e funcionários podem usufruílo, sem a necessidade de contratar um seguro para cada viajante.
BANCO DE DIAS: companhias têm desconto na contratação de planos coletivos
?Cada dia de viagem, nacional ou internacional, é deduzido do banco de dias que a empresa adquire?, afirma Ilde. Por uma apólice de 500 dias válida por dois anos, uma empresa paga R$ 4.884,62 na Zurich (leia quadro). De acordo com a cobertura, o segurado pode utilizar R$ 90 mil de assistência médica tanto no Brasil quanto lá fora. Se o vôo tiver mais proteção pessoal no caso de morte ou invalidez total por acidente é de US$ 100 mil, enquanto o reembolso por atraso na localização da bagagem chega a US$ 1,2 mil. Entre todas, a Liberty é a que atende com maior rapidez no caso de atraso de bagagem ou de vôo. Enquanto as demais empresas exigem de 10 a 18 horas de espera para fornecerem o auxílio, no plano da Liberty a espera é de seis horas.
?Nossa rede de atendimento está em 90 países, 24 horas por dia. O executivo pode nos acionar a qualquer hora?, garante Matias Ávila, gerente de produto da empresa.