Destaque no pregão

 

Mesmo tendo apresentado seu segundo prejuízo consecutivo, a Eletrobras vai manter a distribuição de dividendos. Serão distribuídos R$ 848 milhões, que correspondem a 6% de uma reserva de lucro da companhia. “Só foi possível remunerar os acionistas graças a essa reserva”, disse o diretor-financeiro Armando Casado com exclusividade à DINHEIRO, na quarta-feira 2. Segundo Casado, o prejuízo de R$ 6,2 bilhões em 2013 é resultado de gastos com demissões e da política de redução de preços de energia. As perspectivas, no entanto, são bem mais luminosas, garante ele. “Em 2013 investimos R$ 11,2 bilhões em geração, transmissão, distribuição e manutenção, o maior investimento da história, e pretendemos manter esse ritmo”, diz.

 

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Palavra do analista: 

Lenon Borges, da corretora carioca Ativa, diz que a redução da nota da Eletrobras pela S&P pode tornar as captações no Exterior mais caras. “Não há uma indicação de que a empresa vá captar neste ano, mas, se isso acontecer, pode comprometer a já combalida situação financeira da estatal do setor elétrico”, afirma, em relatório de março.

 

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Quem vem lá


MMX entra na prévia do novo Ibovespa

 

Com as mudanças na metodologia do Ibovespa, as ações da MMX passaram a integrar a prévia do novo índice. Com isso, os papéis da companhia subiram 2%, na segunda-feira 31. Mas se por um lado tem empresas chegando, por outro, há quem disse adeus. É o caso da Prumo Logística (antiga LLX) e da Dasa. “Recomen­damos que os investidores tirem vantagem desse pool de liquidez”, escrevem analistas do HSBC.

 

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Petróleo


Prejuízo da OGX, o recorde de Eike 

 

A antiga OGX, atual Óleo e Gás Participações, encerrou 2013 com prejuízo líquido de R$ 17,43 bilhões, a maior perda de uma empresa brasileira e 15 vezes o prejuízo de 2012. A perda reflete todos os problemas que culminaram no pedido de recuperação judicial da petroleira fundada por Eike Batista. As ações estão estáveis em 2014, mas caíram 94,5% no ano passado.

 

 

 


Papéis avulsos


ADR da BB Seguridade rumo à Nyse

 

Os papéis da BB Seguridade seguem em busca de novos investidores. Com a aprovação da Securities and Exchange Commission (SEC), os recibos de ações da companhia, chamados de American Depositary Receipts (ADRs), começaram a ser negociados na segunda-feira 31. “Queremos aumentar a liquidez e atrair investidores que só aplicam em papéis negociados em seus mercados locais”, afirma o diretor-financeiro Werner Suffert. “Pretendemos alcançar outros níveis de ADRs e chegar à bolsa americana, no longo prazo.”

 

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Participações


Mais capital na Itaúsa

 

O conselho de administração da Itaúsa vai propor um aumento de R$ 4,49 bilhões no capital social da companhia, para R$ 27,02 bilhões. Para isso, deverá ser realizada uma capitalização das reservas de lucros com bonificação de 10% em ações. Terão direito à bonificação os investidores que tiverem papéis em 2 de maio. A notícia agradou ao mercado. Com o anúncio no dia 31 de março, os papéis subiram 3,1%, aliviando a queda do ano, acumulada em 19,2%.

 

 

 

 

Touro x Urso

 

O cenário eleitoral está influenciando de vez o comportamento do pregão. Na primeira semana de abril, rumores não confirmados de uma queda na popularidade de Dilma Rousseff fizeram o índice Bovespa retornar aos 51 mil pontos pela primeira vez em 2014. Os prognósticos são de fortes oscilações nos próximos dias.

 

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Farmacêuticas


Reajuste dos remédios não surte efeito

 

O reajuste de até 5,68% para medicamentos foi um placebo para as ações das empresas farmacêuticas. No dia 31 de março, quando os novos valores entraram em vigor, as ações da Biomm subiram 0,5% e as cotações da Cremer, que avançam 5,7% em 2014, não saíram do lugar. 

 

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Mercado em números


Vale

US$ 2,1 bilhões - É o valor proposto pela diretoria da mineradora para a primeira parcela de remuneração mínima dos acionistas em 2014.

 

JBS

US$ 750 milhões – É o valor da emissão de títulos de dívida realizado pelo frigorífico com cupom de 7,25% e vencimento em 2024. O frigorífico realizou a operação em um dia. Os recursos destinam-se a alongar o perfil da dívida.

 

CSN

R$ 400 milhões - É o total que será emitido pela siderúrgica em debêntures simples, não conversíveis em ações. São 40 mil debêntures, que custarão R$ 10 mil cada uma e que vencem até 28 de março de 2021.

 

BANCO PINE

US$ 115 milhões - É o valor do empréstimo sindicalizado que o banco fechou com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com o Commerzbank.

 

AREZZO

10% – É a fatia das ações ordinárias em circulação que a fabricante de calçados pretende comprar. Representa 4,2 milhões de papéis. As compras serão intermediadas pelos bancos Merrill Lynch, Credit Suisse e BTG Pactual.

 

 

Colaboraram: Natália Flach e Luiz Gustavo Pacete