O bilionário Elon Musk, novo dono do Twitter, anunciou que restabeleceu a conta do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump na rede social, após promover uma sondagem que resultou favorável à decisão.

“O povo falou. Trump será reintegrado. Vox Populi, Vox Dei [A voz do povo é a voz de Deus]”, anunciou Musk no Twitter.

O magnata promoveu uma sondagem de 24 horas que terminou neste sábado (19/11), perguntando se o antigo presidente americano deve regressar à plataforma – que o baniu indefinidamente, citando riscos de incitamento à violência, dois dias depois de seus seguidores terem invadido o Capitólio.

De acordo com os resultados da sondagem, publicados por Musk, 51,8% dos mais de 15 milhões de votos foram a favor do restabelecimento da conta de Trump, contra 48,2% de votos contrários.

No início de novembro, Musk disse que o Twitter “não permitirá” que ninguém que tenha sido retirado da rede social por violar suas regras volte à plataforma até que a empresa tenha um processo claro.

Fake news e discursos de ódio

Musk, que comprou a rede social por 44 bilhões de dólares, gerando temores de uma drástica limitação do combate à disseminação de discursos de ódio e de notícias falsas no Twitter.

O bilionário também disse numa série de tuítes que “o conselho de moderação de conteúdo do Twitter vai integrar representantes com opiniões amplamente divergentes, o que incluirá, sem dúvida, a comunidade de direitos civis e grupos que combatem a violência alimentada pelo ódio”.

Antes de adquirir a rede social, Musk afirmou que uma das pessoas que gostaria de ver de volta no Twitter era o ex-presidente Donald Trump.

Musk anunciou no sábado o desbloqueio das contas do escritor Jordan Peterson, da comediante Kathy Griffin e do site conservador The Babylon Bee.

Os perfis de Peterson e do Babylon Bee foram bloqueados por publicarem conteúdo que desrespeitam a comunidade trans, enquanto o de Griffin foi removido por se fazer passar por Musk.

md (Lusa, EFE, AFP)