22/11/2013 - 21:00
Algodão
A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão tenta convencer a Câmara de Comércio Exterior (Camex) a aplicar a retaliação comercial contra os Estados Unidos a que o Brasil tem direito desde 2010, quando ganhou na OMC um processo contra o subsídio pago aos produtores americanos. A consultoria Barral M Jorge já foi contratada para tentar colocar o tema na pauta da Camex, mas o governo está dividido. O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, defende a retaliação, mas o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, prefere não comprar a briga.
Nigéria
Equilíbrio petroleiro
A presidenta Dilma Rousseff quer aumentar as exportações brasileiras para a Nigéria a fim de tentar equilibrar a balança comercial. Neste ano, o Brasil acumula um déficit de US$ 7,7 bilhões até outubro, com a importação de US$ 7,9 bilhões em petróleo. O vice-presidente da Nigéria, Namadi Sambo, visita Brasília nesta semana.
Energia
Parceria sino-gaúcha
Depois de arrematar a maior parte da energia eólica leiloada em São Paulo na semana passada, o Rio Grande do Sul vai negociar com os chineses a instalação de uma fábrica de geradores de energia elétrica. O Estado garante a demanda e os ventos, mas quer ser parceiro da China na tecnologia geradora.
China
Soja e espionagem
Em conversa com o vice-presidente Michel Temer, seu colega chinês Li Yuncha brincou com as denúncias de que os Estados Unidos espionam seus parceiros comerciais. “Espero que o Obama não esteja escutando essa reunião, mas o governo chinês vai aumentar as importações de soja brasileira e reduzir as dos EUA”, contou. Pouco antes, o líder chinês havia reclamado da política monetária americana.
Honda
Investimento novo
A presidenta Dilma Rousseff recebe na segunda-feira 25, o presidente mundial da Honda, Takanobu Ito. No dia seguinte, a empresa anunciará oficialmente sua segunda fábrica no País, no interior de São Paulo, com investimento estimado de R$ 1 bilhão.
São Paulo
Fuga da indústria
A fabricante de produtos de cobre Termomecânica, instalada em São Bernardo do Campo desde os anos 1940, pode deixar o solo paulista. A empresa negocia com o governo fluminense a mudança para o Estado e só espera uma resposta de São Paulo para tomar a decisão. Nos últimos anos, a companhia vem perdendo mercado para um concorrente baiano que, em vez de recolher ICMS na importação do cobre, paga apenas na venda do produto. Com isso, ganha até 120 dias no fluxo de caixa. O Rio de Janeiro ofereceu vantagem semelhante.
Colaborou: Carolina OMS