Onze entidades empresariais representantes de diversos segmentos do setor produtivo publicaram na segunda-feira, 18, uma carta aberta ao Distrito Federal (DF) para manifestarem seu apoio à operação de compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB).

No documento, reconhecem que um BRB maior e mais completo trará benefícios para a sociedade e a economia regional, oferecendo soluções financeiras que geram emprego e renda.

As instituições signatárias consideram a operação de compra do Banco Master um passo novo no esforço continuado de transformar o BRB em um banco nacional, competitivo e diversificado. Na visão das entidades, a aquisição terá como efeito a criação de oportunidades de crescimento para o banco, assim como estimulará a diversificação e o acesso a recursos especializados — inclusive internacionais —, que trarão mais competitividade à atuação do BRB nos diversos segmentos em que atua.

Segundo as instituições signatárias, a iniciativa fortalecerá o BRB e trará impactos positivos para a economia do Distrito Federal. Sua expectativa é que a análise da iniciativa pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) leve à confirmação da operação.

De acordo com a carta aberta, o BRB tem se consolidado como uma das instituições financeiras mais eficientes e inovadoras do país. Ao longo dos últimos seis anos, passou por uma profunda transformação, ancorada na absorção de modernas tecnologias, no aumento de sua carteira de correntistas, na simplificação e desburocratização de processos, e na expansão continuada de sua atividade no mercado financeiro no DF e em diversos estados brasileiros.

Como resultado, assinalam as entidades, o BRB registrou expansão nacional, uma sólida carteira de clientes tanto na pessoa física quanto na jurídica, responsabilidade social e apoio a todo o setor produtivo do DF: “A partir de 2019, o BRB vem trilhando uma trajetória de crescimento continuado, apropriando as melhores práticas do setor privado na gestão de um banco público, com foco no desenvolvimento do DF e da sua população”.

Nesse período, de acordo com as entidades signatárias, o BRB multiplicou sua base de clientes, que passou de 600 mil para 9 milhões de pessoas, no DF e outros 18 estados, com mais de mil pontos de atendimento. E acumula ativos totais de R$ 68,8 bilhões, R$ 2,3 bilhões em lucros e distribuição de R$ 1 bilhão em dividendos para o Governo do Distrito Federal.

Conforme registra a carta aberta, esses recursos têm contribuído para a execução de políticas públicas destinadas a garantir à população mais saúde, educação, segurança, mobilidade e infraestrutura: “Isso é bem-estar, dignidade e qualidade de vida para todos”.

Na contramão do que afirmam lideranças do setor produtivo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem se manifestado contrário à operação nos bastidores, mantendo distância da análise independente do Banco Central, conforme noticiou o colunista Alvaro Gribel, em O Estado de S. Paulo.

A posição denotaria divergências e diferenças de interesse dentro do governo.

Por outro lado, na visão das entidades que assinam o documento, com sua atuação o BRB estimula a geração intensiva de empregos, a distribuição de renda, a expansão do empreendedorismo nos diversos segmentos da economia, o crescimento da infraestrutura e de outros setores que, juntos, “fazem do DF um dos melhores lugares para viver no Brasil”.

No entendimento das entidades, mais do que fomentar o crescimento do BRB, trata-se de consolidar sua capacidade de servir a todos os estratos da população do Distrito Federal, melhorar o ambiente e gerar bons negócios, atrair novos investimentos e competidores, assim como gerar novas oportunidades de desenvolvimento para todo o DF.

“Aprovar a compra do Banco Master é um passo importante o fortalecimento do BRB e o futuro que desejamos para o Distrito Federal. O setor produtivo do DF conta com o com promisso e a sensibilidade do Poder Legislativo no exame da compra do Banco Master. Que possam continuar apoiando e estimulando o desenvolvimento e o futuro do Distrito Federal”, afirma a carta.

Veja a lista de entidades signatárias da carta aberta ao DF:

▪ Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)
▪ Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF)
▪ Câmara dos Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL-DF)
▪ Clube de Engenharia de Brasília (Cenb)
▪ Conselho de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal (Codese-DF)
▪ Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Distrito Federal (Crea-DF)
▪ Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas & Logística (Fenatac)
▪ Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra)
▪ Sindicato das Indústrias de Artefatos, Cimentos, Concretos e Mármores do Distrito Federal (Sindarcom-DF)
▪ Sindicato da Indústria da Construção Civil no Distrito Federal (Sinduscon-DF)
▪ Sindicato das Indústrias Gráficas do DF (Sindigraf-DF)