01/07/2020 - 14:50
O dia de paralisação dos entregadores de aplicativos começou por volta das 9 horas desta quarta-feira com protestos em ao menos 15 pontos da capital paulista. Por volta das 10 horas, cerca de mil entregadores se reuniram na sede do sindicato da categoria, o Sindimoto, que não participou da organização e aderiu ao movimento depois.
Eles saíram em marcha pela Marginal Pinheiros até o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na Avenida da Consolação, onde realizaram um buzinaço.
Desde cedo, grupos de motoboys se aglomeram em frente a restaurantes do McDonald’s, supermercados e shoppings centers. Por volta das 12 horas, eram registrados pelo menos 15 pontos de concentração.
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Apesar da mobilização nas ruas, as empresas de aplicativos não relatavam problemas ou anormalidades na recepção dos pedidos.
Segundo o iFodd, que tem 145 mil entregadores cadastrados em seu sistema, o serviço de entregas trabalhava às 12 horas dentro da média dos demais dias.
Segundo a plataforma Über Eats também não foram relatados problemas com entregas. A empresa estuda usar os motoristas de aplicativo para realizar entregas caso a demanda aumente acima da oferta de motoboys.
A Rappi também diz que, pela manhã, o sistema e o serviço de entregas operava normalmente.
A Loggi não respondeu à reportagem.
Organizada por WhatsApp, os entregadores reivindicam desde a definição de uma taxa fixa mínima de entrega por quilômetro rodado até o aumento dos valores repassados aos entregadores por serviços realizados.
A categoria também cobra das empresas uma ajuda de custo para a aquisição de equipamentos de proteção contra a covid-19, como máscaras e luvas.
As empresas afirmam que estão fornecendo os equipamentos e que o movimento tem inspiração na greve dos caminhoneiros de maio de 2018, que se deu sem o protagonismo dos sindicatos e foi tocada por lideranças desconhecidas do setor.