Safra

 

O ministro interino da Secretaria Especial de Portos, Antonio Henrique da Silveira, já está colocando em prática um plano para evitar a repetição dos congestionamentos que entupiram os caminhos do Centro-Oeste para o Porto de Santos, no embarque da safra de grãos no ano passado. A safra deste ano deve ser 5% maior que a de 2013, mas os caminhões terão de agendar o horário para descarregar. Se aceitar caminhão sem agendamento, o terminal será multado. O progresso da viagem será acompanhado nos postos de pesagem e quem não tiver horário marcado nos terminais será impedido de prosseguir viagem. O transporte da safra começa neste mês e segue até abril. O que não mudou é a infraestrutura precária do porto. Sem cobertura, o navio não pode ser carregado, caso estiver chovendo, como é comum nesta época do ano.

 

36.jpg

 

 

 

EUA


Máquinas brasileiras

 

Se, de um lado, a recuperação da economia americana vem causando turbulências nos mercados financeiros dos países emergentes, na balança comercial ela já começa a mostrar resultados positivos. A exportação brasileira de máquinas de terraplanagem cresceu 71% em janeiro deste ano, para US$ 157 milhões, por conta da retomada do setor de construção civil nos EUA.

 

37.jpg

 

 

 

Congresso


Fogo muy amigo

 

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, segue sob intenso fogo amigo do seu partido, o PT. A seu favor, a ministra tem bom trânsito no PMDB e pode dizer que aprovou projetos de interesse do governo, como a lei de portos. Contra ela, pesam o papel de articulador político que Aloizio Mercadante vai exercer na Casa Civil e uma relação desgastada com os deputados, inclusive com os petistas.

 

38.jpg

 

 

 

Orçamento


Corte e consumo

 

Às voltas com o saquinho de maldades para finalizar o corte do orçamento, que será anunciado nesta semana, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, recebeu dos bancos uma boa notícia: o consumidor está voltando a procurar crédito. E, neste ano, mais uma vez, os bancos públicos devem continuar a ampliar sua fatia de mercado.

 

39.jpg

 

 


Calçados


Na fronteira

 

Os fabricantes de calçados estão preocupados com os 730 mil pares retidos na fronteira com a Argentina e que já causaram um prejuízo de US$ 14 milhões. Eles temem que o governo não tenha divisas para pagar pelas importações. O Brasil estuda a criação de uma linha de crédito para financiar o comércio com o país vizinho.

 

 

 

 

Aumento


Sem chance

 

Funcionários públicos federais iniciaram, na semana passada, sua campanha salarial. Eles pedem o adiantamento da parcela do reajuste de 15,8%, dividido entre 2013 e 2015. O governo já respondeu que não há espaço no orçamento para a antecipação, que custaria R$ 10 bilhões aos cofres públicos. Os sindicatos contam com a pressão da Copa e das eleições para convencer as autoridades a negociar.

 

40.jpg

 

 


Notas

 

Apesar da pressão dos produtores de algodão, é pouco provável que a retaliação aos Estados Unidos pelo não cumprimento do acordo entre na pauta da reunião da Câmara de Comércio Exterior, no dia 20. Com o argumento de que o estudo ainda não está pronto, o governo tende a deixar o assunto na gaveta, enquanto retoma as relações com os americanos.

 

A Copa não causa preocupação apenas pelo atraso nas obras. O evento também elevou a venda de televisores importados, contribuindo para o déficit recorde da balança comercial. Em janeiro, a importação cresceu 355%, para US$ 8 milhões. Já a compra de componentes para a produção local subiu 73%, para US$ 383 milhões.

 

 

Colaborou: Carolina OMS