A fabricante brasileira de aeronaves Embraer divulgou nesta sexta-feira (13) lucro líquido de 438,1 milhões de reais no segundo trimestre de 2021, graças à retomada da atividade após o forte impacto da pandemia no setor aeronáutico.

No mesmo período de 2020, a empresa havia registrado prejuízo de R$ 1,071 bilhão, e mesmo no primeiro trimestre de 2021 ficou no vermelho em 489,8 milhões.

O presidente e CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, destacou os “sólidos” resultados que atribuiu ao planejamento estratégico que possibilitou “significativa melhora no desempenho financeiro”.

Gomes Neto destacou a atuação da empresa em diversos segmentos de negócios, principalmente em aeronaves comerciais.

A Embraer, terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, atrás apenas de Airbus e Boeing, entregou 14 aeronaves em comparação a quatro no mesmo período de 2020.

Em aeronaves executivas a comparação foi de 20 contra 13 unidades do ano anterior.

A fabricante também anunciou novos pedidos, inclusive de 30 aeronaves para a canadense Porter Airlines, com entrega no segundo semestre de 2022.

Com isso, a carteira de pedidos encerrou o trimestre em US $ 15,9 bilhões, o maior valor desde o início da crise do coronavírus, informou a empresa de São José dos Campos (SP).

Com maior rentabilidade em todas as unidades de negócios, o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 837,6 milhões de reais no segundo trimestre.

Embraer voltou a divulgar suas projeções anuais, após suspendê-las devido à instabilidade decorrente da crise de saúde.

A expectativa da empresa é fechar o ano com entregas entre 45 e 50 aeronaves comerciais e entre 90 e 95 executivos, e receitas líquidas consolidadas de US $ 4 bilhões a US $ 4,5 bilhões.

A fabricante também anunciou nesta sexta-feira seu compromisso de alcançar operações neutras em carbono até 2040.

Após a publicação, as ações da empresa subiam mais de 5% no Ibovespa.

Em 2020, a fabricante brasileira fechou com prejuízos causados pela pandemia, e teve que enfrentar o rompimento de um acordo com a Boeing, que desistiu da aquisição de sua divisão de aeronaves comerciais por 4,2 bilhões de dólares.