28/07/2017 - 9:05
A Embraer registrou uma geração livre de caixa ajustado de R$ 739,9 milhões no segundo trimestre de 2017, revertendo o uso livre de caixa ajustado de R$ 1,501 bilhão no segundo trimestre do ano passado. Conforme destacou a companhia, a melhora no indicador se deve em grande medida ao maior caixa líquido ajustado gerado pelas atividades operacionais de R$ 1,311 bilhão entre abril e junho, em comparação aos R$ 663,9 milhões usados em igual etapa de 2016.
No acumulado do ano, a companhia apresentou uma geração livre de caixa ajustado de R$ 92,6 milhões, comparado ao uso livre de caixa ajustado de R$ 2,373 bilhões nos primeiros seis meses de 2016.
A companhia realizou ajustes em seus cálculos de caixa para excluir o impacto de itens não recorrentes anotados seja neste ano seja no ano passado. No segundo trimestre de 2017, a companhia anotou em seus resultados operacionais o benefício de R$ 38,6 milhões, referentes à conversão dos claims relacionados ao processo de falência da Republic Airways e de R$ 4 milhões de reversões relacionadas ao Programa de Demissões Voluntárias (PDV), além do impacto negativo de R$ 11,7 milhões relacionados aos impostos sobre as remessas executadas para pagamentos no exterior, após a finalização da investigação. Já nos resultados do segundo trimestre do ano passado, o Ebit incluiu a provisão de perda de R$ 684,9 milhões relacionados à investigação sobre corrupção nos EUA.
Vale destacar que a companhia anotou R$ 195 milhões em adições líquidas ao imobilizado, abaixo dos R$ 392,8 milhões do segundo trimestre de 2016, incluindo pool de peças de reposição, aeronaves disponíveis para leasing ou em leasing, investimentos e rendimento de vendas de imobilizado.
Desse total, o investimento (capex) representou R$ 146,6 milhões, montante que inclui despesas relacionadas a equipamentos e imobilizado, principalmente de programas do segmento de Defesa & Segurança. A companhia destaca que tais despesas, por serem parte das condições de seus respectivos contratos, não fazem parte da estimativa de Capex para 2017, de US$ 200 milhões. “Excluindo essas despesas (de R$ 6,2 milhões), o capex do segundo trimestre ficou em R$ 140,4 milhões e no primeiro semestre ficou em R$ 245,0 milhões, em linha com as estimativas iniciais”, salientou.
Já as adições ao intangível foram de R$ 376,6 milhões no segundo trimestre, ante os R$ 367,8 milhões reportados um ano antes. O montante está relacionado ao desenvolvimento do programa dos E-Jets E2, no segmento de Aviação Comercial. “No primeiro semestre, a companhia investiu um total líquido de R$ 475,5 milhões e prevê que esses investimentos deverão ficar em linha com sua estimativa anual de US$ 400 milhões”.
(Luciana Collet – luciana.collet@estadao.com)