04/08/2022 - 11:24
Por Gabriel Araujo
SÃO PAULO (Reuters) – A fabricante de aeronaves Embraer manteve suas projeções anuais nesta quinta-feira, mesmo após queda de 6,1% no lucro líquido ajustado do segundo trimestre ante um ano antes, o que ajudava no avanço de suas ações na bolsa paulista.
A Embraer reiterou suas projeções para o ano anunciadas anteriormente, com receita estimada entre 4,5 bilhões e 5 bilhões de dólares, e entregas projetadas em 100 a 110 jatos executivos e 60 a 70 jatos comerciais.
Às 11h14, as ações de Embraer subiam 4,9%, a 13,20 reais cada, enquanto o Ibovespa tinha alta de 1,4%.
Analistas do Santander disseram que alguns investidores estavam questionando os riscos de a empresa não alcançar suas estimativas diante de problemas na cadeia de suprimentos.
A Embraer está “cautelosamente otimista” que as interrupções na cadeia de suprimentos não vão atrapalhar suas perspectivas, disse o presidente-executivo da companhia, Francisco Gomes Neto, em conferência com analistas.
O lucro líquido ajustado trimestral da Embraer atingiu 199,8 milhões de reais, após prejuízo de 428 milhões de reais nos três primeiros meses do ano, devido ao mix de produtos e ao aumento de preços, disse a companhia em relatório de resultados.
A receita trimestral somou 5,04 bilhão de reais, recuo de 14,8% contra igual período de 2021, em meio a menores entregas nas unidades comercial e de defesa e segurança, parcialmente compensadas por avanço no negócio de serviços e suporte.
A Embraer já havia reportado entregas de 32 jatos no segundo trimestre, sendo 11 comerciais e 21 executivos, resultado um pouco abaixo dos 34 jatos entregues no mesmo período do ano passado, mas aceleração frente a um primeiro trimestre morno.
O vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Embraer, Antonio Carlos Garcia, disse que as entregas estavam ocorrendo em um ritmo bom e tendem a ser historicamente mais concentradas no segundo semestre.
A Embraer, terceira maior fabricante de aviões do mundo, atrás da Boeing e Airbus, também destacou uma melhoria de 125% na base anual na geração livre de caixa ajustado, para 486,2 milhões de reais, citando o desinvestimento das instalações de Évora, em Portugal, e a listagem das ações da Eve, sua subsidiária de mobilidade urbana.