Os efeitos da recessão sobre o emprego nos Estados Unidos são muito piores para os homens do que para as mulheres, que passaram a ter quase tantos postos de trabalho quanto eles, revelou um estudo publicado nesta terça-feira.

“Desde o início da recessão, em dezembro de 2007, até janeiro de 2010, a mão-de-obra ocupada masculina caiu 8,2%, enquanto o número de mulheres com trabalho caiu apenas 3,9%”, escreveram os autores deste estudo, publicado pelo Federal Reserve (Fed) de Nova York, anexo nova-iorquino do banco central americano.

“Os homens foram afetados de forma desproporcional. Como consequência, pela primeira vez nos anais, o número de mulheres empregadas nos Estados Unidos compete de perto com o de homens”, acrescentou o artigo.

Segundo números do Departamento de Trabalho americano, nos quais se fundamenta o estudo, a proporção de homens na mão-de-obra empregada caiu de 53,5%, em dezembro de 2007, para 52% em janeiro de 2010.

Em agosto de 2009, a taxa de desemprego masculino era de 11,0%, ou seja, 2,7% a mais que entre as mulheres.

Comparando as taxas de desemprego masculino e feminino, os autores do artigo revelaram que a diferença entre os sexos nunca foi tão grande desde 1945.

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