Depois de apresentar quedas consecutivas nos últimos anos, o emprego na construção apresentou crescimento em setembro. De acordo com a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta quarta-feira, 28, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador que mede a evolução do emprego atingiu 50,1 pontos no mês passado – pela metodologia da pesquisa, números acima de 50 indicam crescimento.

O número é 0,6 ponto acima do registrado em agosto e é o maior desde abril de 2012, quando alcançou 51 pontos. “Não podemos esquecer que as altas registradas foram precedidas por fortes quedas observadas em março e abril, que haviam levado o emprego a um patamar muito baixo”, pondera o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

No mês passado, o nível da atividade da construção apresentou alta pelo segundo mês consecutivo, alcançando 51,2 pontos. Apesar do aumento, o indicador está em patamar 0,2 ponto menor em relação a agosto, o que indica que o crescimento na atividade havia sido maior naquela mês.

Já a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) subiu pelo quinto mês consecutivo em setembro e alcançou 62%, dois pontos porcentuais de alta em relação ao mês anterior e mesmo patamar registrado em setembro de 2019.

No terceiro trimestre, os empresários da construção se mostraram menos insatisfeitos com a situação financeira. O indicador que mede a satisfação ainda está no negativo, em 44,7 pontos, mas subiu seis pontos na comparação com os três meses anteriores.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-Construção) repetiu em outubro o patamar de setembro, 56,7 pontos. “A estabilidade ocorre após cinco altas seguidas, se dá em patamar elevado e aponta para um sentimento de confiança otimista e disseminado entre os empresários da indústria da construção”, afirma a CNI.

Expectativa

Os industriais da construção seguem otimistas em relação aos próximos meses, com índice de expectativa para o nível de atividade em 55,7 pontos e de novos empreendimentos em 54,6 pontos.

O índice para o número de empregados ficou em 55 pontos em setembro.

A intenção de investir segue em queda, em 40,9 pontos.