NOVA YORK (Reuters) – A empresa imobiliária do ex-presidente Donald Trump enganou autoridades fiscais por cerca de 15 anos, disse uma promotora de Nova York a um júri nesta segunda-feira no começo do julgamento criminal da Organização Trump por acusações de fraude fiscal.

A Trump Organization pagou executivos entre 2005 e 2021 – incluindo seu diretor financeiro, Allen Weisselberg – benefícios como aluguel de imóveis e carros sem informar autoridades fiscais, disse Susan Hoffinger, da promotoria de Manhattan.

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“Este caso é sobre ganância e trapaça nos impostos”, disse Hoffinger. “O esquema foi conduzido, dirigido e autorizado nos mais altos níveis do departamento de contabilidade da empresa.”

As declarações de abertura dos advogados das duas unidades de Trump acusadas – conhecidas como Trump Corporation e Trump Payroll Corporation – são esperadas ainda nesta segunda-feira.

Se condenada, a empresa – que opera hotéis, campos de golfe e outros imóveis em todo o mundo – pode enfrentar multas de até 1,6 milhão de dólares. Também poderia complicar a capacidade da empresa de fazer negócios.

Trump, que considera se candidatar à Casa Branca em 2024, não é acusado. A Trump Organization se declarou inocente.

Um painel de 12 jurados e seis suplentes foi escolhido na semana passada para o julgamento, no tribunal de Nova York.

A expectativa é que o julgamento dure mais de um mês. Um veredicto unânime é necessário para a condenação em cada acusação de fraude fiscal, conspiração para defraudar e falsificação de registros comerciais.

(Por Karen Freifeld e Luc Cohen)

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