09/02/2015 - 12:15
Um dos primeiros bancos a revelar a exposição de sua carteira às empresas envolvidas na Operação Lava Jato, o Pine não acredita em calote vindo dessas companhias. Com cerca de 3% de sua carteira de crédito, de R$ 9,8 bilhões, exposta às companhias, entre eles, a construtora OAS, Noberto Pinheiro Junior, CEO do banco, disse à DINHEIRO que, apesar do envolvimento das empresas, não acredita em calote. “Essas companhias possuem forte estrutura financeira e isso não deve causar danos materiais aos resultados do Pine.”
Ainda de acordo com Pinheiro, o banco está acompanhando de perto as movimentações e o nível de risco das empresas envolvidas. “Em relação ao setor de óleo e gás como um todo, nossa participação é relativamente baixa: 8% da carteira de crédito é voltado ao segmento de infraestrutura e nesse segmento, 7% são empréstimos a empresas de construção pesada da área de petróleo e gás .” Do total da carteira do Pine, 14% estão em empresas do setor de açúcar e etanol, outros 12% em operações de incorporadoras imobiliárias. “Estamos sendo transparentes com o mercado e expondo nossa exposição”, disse Pinheiro.
Já em relação ao cenário econômico em 2015, o executivo acredita sim em um ano mais desafiador e com um cenário de retração. Para 2015, a instituição prevê uma redução de até 5% em sua carteira de crédito, considerando a queda do PIB entre 0,5% e 0,3%. O banco prevê que a margem financeira fique entre 4% e 4 ,5%. O Pine terminou 2014 com um lucro de R$ 94 milhões, queda de 42% em relação a 2013.A carteira de crédito expandida foi de R$ 9,87 bilhões, o que levou a isso foi uma carteira menor e a inadimplência em alta que foi de 1,1%.